Política

Lula sobe o tom contra garimpo ilegal ao se encontrar com yanomamis: ‘Desumano’

O presidente afirmou que estão entre as prioridades atuar com rigor no combate às práticas ilegais e prestar atendimento à população

Créditos: Reprodução
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O presidente Lula (PT) acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de abandonar a população yanomami que, nesse momento, enfrenta grave crise sanitária, com alto número de mortes infantis.

“Se alguém me contasse que o povo yanomami estava sendo tratado de maneira tão desumana, eu não acreditaria”, disse o presidente que, neste sábado 21, foi a Roraima acompanhado de uma equipe ministerial.

“É desumano o que eu vi aqui. Sinceramente, se o presidente que deixou a Presidência esses dias em vez de fazer tanta motociata tivesse vergonha e viesse aqui uma vez, quem sabe esse povo não tivesse tão abandonado como está”, emendou o petista em críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O presidente anunciou que será feita uma força-tarefa para prestar atendimento aos indígenas e que técnicos de Saúde devem ser enviados às comunidades. “Uma das formas de a gente fazer isso é montar um plantão da Saúde lá na aldeia. Fica mais fácil a gente transportar 10 médicos que uma aldeia”, disse, ao assegurar que cuidará de perto da manutenção dos direitos dos povos indígenas, entre eles saúde, educação, alimentação e deslocamento.

Lula voltou a ser enfático contra a questão do garimpo ilegal na região. “É importante as pessoas saberem que esse país mudou de governo que vai agir com rigor no combate ao garimpo”, disse, ao também pontuar estar ciente das dificuldades. “Eu posso dizer que não vai mais existir garimpo ilegal. E eu sei da dificuldade de se tirar o garimpo ilegal, já se tentou outras vezes, mas eles voltam. O que eu posso dizer é que nós vamos tirar”, afirmou.

O petista foi ao estado acompanhado de parte de sua equipe ministerial, entre elas a ministra da Saúde, Nísia Trindade; dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara; da Justiça, Flavio Dino; do Desenvolvimento Social, Wellington Dias; da Defesa, José Múcio; dos Direitos Humanos, Silvio Almeida; além da primeira-dama, Janja da Silva; do responsável pelo Gabinete de Segurança Institucional, General Gonçalves Dias; a presidente da Funai, Joênia Wapichana; e o comandante da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno.

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