CartaExpressa
Quase 100 crianças yanomami morreram em 2022, segundo Ministério dos Povos Indígenas
As mortes são consequência do avanço garimpo ilegal na região. As vítimas foram crianças de um a quatro anos
O Ministério dos Povos Indígenas informou, na noite da sexta-feira 20, que 99 crianças yanomami morreram no ano passado em consequência do avanço garimpo ilegal na região. As vítimas foram crianças de um a quatro anos.
As mortes foram causadas, na maioria, por quadros de desnutrição, pneumonia e diarréia.
A pasta também estima que 570 crianças foram mortas pela contaminação por mercúrio, desnutrição e fome. O Ministério, no entanto, não divulgou o período exato em que os óbitos teriam ocorrido.
Além disso, em 2022 foram confirmados 11.530 casos de malária no Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami, distribuídos entre 37 Polos Base. As faixas etárias mais afetadas estão e maiores de 50 anos, seguida pela faixa etária de 18 a 49 e 5 a 11 anos.
O Ministério da Saúde decretou emergência de saúde pública durante o cenário e atua, em conjunto com a Funai, prestando atendimento e realizando diagnósticos sobre o estado de saúde da população. Desde o início da operação, oito crianças já foram resgatadas em estado grave e encaminhadas para a capital Boa Vista.
O presidente Lula (PT) chegou à região na manhã deste sábado 21, juntamente com a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara. A expectativa é a de que o presidente anuncie novas medidas para a região.
Relacionadas
CartaExpressa
Haddad entra em ação para tentar barrar PEC que turbina salários de juízes
Por CartaCapitalCartaExpressa
Lula diz que Haddad merece Nobel de Economia por 2 programas do governo
Por CartaCapitalCartaExpressa
Lira diz ser ‘imprescindível’ maior participação de Lula na articulação política
Por CartaCapitalCartaExpressa
Governo de Portugal nega ter plano de reparação por escravidão a ex-colônias
Por CartaCapitalUm minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.