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Lula celebra alívio de sanções impostas pelos EUA à Venezuela

O governo do presidente Nicolás Maduro e a oposição avançaram no diálogo sobre as eleições de 2024

Foto: Ricardo Stuckert/PR
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O presidente Lula (PT) comemorou, nesta quinta-feira 19, a decisão dos Estados Unidos de aliviar as sanções sobre o petróleo, o gás e o ouro da Venezuela, após o governo do presidente Nicolás Maduro e a oposição fecharem um acordo para as eleições de 2024.

“Sanções unilaterais prejudicam a população dos países afetados e dificultam processos de mediação e resolução de conflitos”, escreveu o petista em seu perfil oficial no X. “O levantamento total e permanente de sanções contribui para normalizar a política venezuelana e estabilizar a região.”

Na quarta 18, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros norte-americano emitiu uma licença de seis meses que “autoriza temporariamente transações relacionadas ao setor de petróleo e gás na Venezuela”. O aval será renovado apenas se Caracas honrar seus compromissos.

O embargo petroleiro estava em vigor desde abril de 2019 e limitava a comercialização, vital para a economia do país.

Outra licença autoriza transações com a estatal venezuelana Minerven, para “reduzir o comércio de ouro no mercado negro”, informou o Tesouro. Também foram alteradas duas licenças “para eliminar a proibição da negociação secundária de certos títulos da PDVSA”, estatal venezuelana do petróleo. A proibição da negociação no mercado primário continuará em vigor.

O alívio parcial foi obtido graças ao acordo fechado na terça-feira, em Barbados, entre o governo e a oposição da Venezuela. O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, considerou o acerto “um passo concreto para a solução da crise política, econômica e humanitária na Venezuela”.

Blinken alertou, no entanto, que Washington “tomará medidas se os compromissos não forem cumpridos”. O restante das sanções impostas pelos Estados Unidos à Venezuela segue vigente, de acordo com ele.

O acordo determina que as próximas eleições presidenciais sejam realizadas no segundo semestre de 2024, com a presença de observadores internacionais, mas deixa sem solução o tema das inabilitações políticas. Assim, María Corina Machado, favorita para as primárias da oposição, não conseguiria formalizar sua candidatura contra Maduro – ela está proibida de exercer cargos públicos por 15 anos.

Washington também acredita que o governo venezuelano começará a libertar “todos os cidadãos americanos e presos políticos venezuelanos presos injustamente” no país.

Na noite de quarta-feira, as autoridades venezuelanas libertaram cinco supostos presos políticos, incluindo o ex-deputado Juan Requesens, condenado por tentativa de magnicídio contra Maduro em 2018, e Roland Carreño, ex-colaborador de Juan Guaidó, exilado nos Estados Unidos.

(Com informações da AFP)

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