Política

Lula: ‘Bolsonaro não precisa colocar urna em suspeição porque ele vai perder as eleições’

Ex-presidente também tratou de possível aliança com Alckmin: ‘Nunca foi meu inimigo’

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu nesta quinta-feira 24 os ataques recentes de Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral brasileiro. Para Lula, Bolsonaro mente sobre o sistema por saber que irá perder as eleições, conforme apontam as pesquisas eleitorais. As declarações foram dadas em entrevista a rádios de Goiás e do entorno de Brasília.

“O absurdo é que esse cidadão teve 28 anos de mandato de deputado federal e todas as eleições dele foram pelo voto eletrônico e esse cidadão nunca se queixou. Ele tem filho vereador eleito pelo voto eletrônico, ele tem filho deputado eleito pelo voto eletrônico…foi eleito presidente pelo voto eletrônico”, iniciou Lula. “É a maldita mania daquelas pessoas grossas, xucras, que em vez de reconhecer a importância das coisas, tentam colocar defeito”, acrescentou.

Mais adiante, Lula então rebateu as recentes declarações de Bolsonaro que insinuam, sem provas, haver fraudes nas urnas eletrônicas: “Ele não precisa colocar em suspeição porque ele vai perder as eleições. O povo brasileiro vai derrotá-lo”, destacou.

Durante a entrevista, Lula ainda chamou Bolsonaro de ‘destruidor de esperança do povo brasileiro’ e ‘genocida’. Os adjetivos foram atribuídos ao ex-capitão quando o petista analisava a aproximação com Geraldo Alckmin, a quem disse não considerar um inimigo. Ele foi interrompido e questionado se o ex-capitão seria então seu inimigo e respondeu: “Bolsonaro não é inimigo, ele é mais do que isso. Ele é um destruidor de esperança do povo brasileiro, um destruidor de emprego e por isso chamo ele de genocida.”

Sobre Alckmin, especificamente, Lula confirmou que segue conversando com o ex-governador de São Paulo para ser seu vice. Segundo relatou, há ainda as mesmas duas condições já anunciadas para sacramentar a composição: o PT confirmar sua candidatura à Presidência e o ex-tucano escolher o novo partido.

“O Alckmin nunca foi meu inimigo, aliás eu tenho poucos inimigos. Mesmo que as pessoas queiram ser minhas inimigas, eu não sou inimigo delas. O Alckmin foi meu adversário eleitoral”, explicou. “Mas eu mantenho por ele uma relação de respeito. […] A gente vai continuar conversando e se a gente se juntar é pra ganhar as eleições e recuperar o Brasil, recuperar a democracia”, completou em seguida.

Lula ainda voltou a criticar a privatização da Eletrobras e sinalizar a empresários que pretende revogar o processo caso seja eleito para um terceiro mandato.

“Os empresários sérios que querem comprar a Eletrobras tenham cuidado, porque a gente vai rediscutir o que está acontecendo nessas privatizações, que são verdadeiras falcatruas”, alertou. “Se a gente voltar, a gente vai voltar com sede de fazer justiça para o povo pobre”, concluiu sobre o tema.

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