Política

Lira indicou R$33 milhões do orçamento secreto para compra de kit de robótica investigado pela PF, diz jornal

Publicação aponta que 29,7 milhões de reais já foram liberados; deputado nega participação no esquema

Foto: Ton Molina /Fotoarena
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), indicou 32,9 milhões de reais do orçamento secreto para compra de kits robótica em cidades de Alagoas investigadas por desviar recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Segundo informações reveladas nesta terça-feira 6 pelo jornal O Estado de S. Paulo, o Executivo liberou 29,7 milhões de reais do total.

De acordo com a publicação, 17 milhões de reais, até o momento, foram pagos para municípios indicados pelo presidente da Câmara. Para Canapi (AL), por exemplo, 5,8 milhões de reais foram solicitados pelo presidente da Câmara. Em União dos Palmares, também em Alagoas, Lira indicou, segundo a matéria, 9,2 milhões, dos quais 7,4 milhões já foram efetivamente liberados.

Os municípios citados têm, respectivamente, 17,7 e 66 mil habitantes. As prefeituras de ambos contrataram a empresa Megalic, que foi investigada na operação realizada pela Polícia Federal (PF) na semana passada. A empresa tem como sócio o empresário Edmundo Catunda, pai de João Catunda (PSD), vereador de Maceió e aliado político de Lira.

A matéria aponta que o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que todos os contratos ainda não finalizados fossem anulados.

Na última segunda-feira 5, Lira determinou a exoneração de Luciano Ferreira Cavalcante do cargo de secretário particular, função exercida no gabinete da liderança do PP na Câmara. No domingo 4, um vídeo mostrou o motorista de Luciano encontrando Pedro Salomão, um dos acusados do esquema em Alagoas, em um estacionamento em Brasília (DF). A polícia investiga o caso no âmbito das suspeitas de desvio de dinheiro público para a compra de kits robótica.

Até o momento, Lira nega que tenha relação com o caso investigado. Por meio do advogado Eugênio Aragão, a empresa Megalic afirmou que houve “grande equívoco” nas suspeitas e que todos os contratos para compra dos kits robóticas foram celebrados por meio de parâmetros técnicos.

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