Política

Líder da corrida eleitoral, Lula tem encontro marcado com o Departamento de Estado dos EUA

A pasta já se manifestou em diferentes ocasiões em defesa do sistema eleitoral brasileiro, alvo constante de ataques infundados de Bolsonaro

O ex-presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert
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O ex-presidente Lula, candidato do PT ao Palácio do Planalto, deve se reunir nesta quarta-feira 21 com representantes do Departamento de Estado dos Estados Unidos. A informação foi divulgada inicialmente pela CNN Brasil e confirmada por CartaCapital.

O ex-chanceler Celso Amorim, chefe do Itamaraty durante os governos de Lula, deve marcar presença no encontro.

O Departamento de Estado norte-americano já se pronunciou em diferentes ocasiões em defesa do sistema eleitoral brasileiro, alvo constante de ataques infundados do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em julho, o porta-voz da pasta, Ned Price, afirmou que o sistema eletrônico do Brasil é um “modelo” para outros países.

“Eleições vêm sendo conduzidas pelo capacitado e já testado sistema eleitoral brasileiro e pelas instituições democráticas com sucesso ao longo de muitos anos. Então, ele é um modelo para nações não apenas neste hemisfério, mas além”, defendeu. A manifestação ocorreu após Bolsonaro reunir embaixadores em Brasília para repetir fake news sobre as urnas e agredir instituições como o Tribunal Superior Eleitoral.

Price ainda disse que os Estados Unidos são um “parceiro democrático do Brasil” e acompanharão as eleições de outubro “com grande interesse e expectativa total de que serão conduzidas de maneira livre, justa e confiável, com todas as instituições relevantes agindo sob a regra constitucional”.

A tendência é de que os enviados do governo de Joe Biden reforcem na reunião com Lula a confiança no sistema eleitoral e o respeito ao resultado das urnas.

Nesta terça, um alto dirigente do PT ouvido reservadamente por CartaCapital avaliou ser “natural” que o líder das pesquisas de intenção de voto se encontre com representantes de potências internacionais.

Lula tem 52% dos votos válidos e pode vencer o pleito no primeiro turno, segundo uma pesquisa Ipec publicada na última segunda 19, encomendada pela TV Globo.

Considerando a margem de erro, o petista tem entre 50% e 54%. Para triunfar na primeira rodada, ele tem de obter mais de metade dos votos válidos, excluindo nulos e brancos.

Bolsonaro aparece em segundo lugar, com 34%, seguido por Ciro Gomes (PDT), com 7%, e Simone Tebet (MDB), com 5%. Soraya Thronicke (União Brasil) tem 1%.

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