Justiça

Kassio Nunes rejeita ação de Boulos contra Tarcísio por acusação envolvendo o PCC

O governador de SP alegou, no dia do 2º turno e sem apresentar evidências, que a facção criminosa teria orientado voto no candidato do PSOL

Kassio Nunes rejeita ação de Boulos contra Tarcísio por acusação envolvendo o PCC
Kassio Nunes rejeita ação de Boulos contra Tarcísio por acusação envolvendo o PCC
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) ao lado do governador de Sâo Paulo, Tarcisio de Freitas. Foto: Nelson Almeida/AFP
Apoie Siga-nos no

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral Kassio Nunes Marques rejeitou, nesta quarta-feira 27, uma notícia-crime do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB).

Boulos e Nunes foram adversários na eleição para a prefeitura neste ano, disputa em que o emedebista levou a melhor e conquistou a reeleição.

A ação na Justiça Eleitoral surgiu após o governador afirmar, no dia do segundo turno e sem apresentar evidências, que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital teria orientado voto no candidato do PSOL.

Tarcísio e Nunes estavam juntos na coletiva de imprensa em que ocorreu a acusação. Também era visível o número de urna do então postulante à reeleição.

“O Tribunal Superior Eleitoral não detém competência originária para processar e julgar imputações versando crimes eleitorais, considerada a repartição de competências jurisdicionais delineada pela Carta de 1988”, escreveu Kassio Nunes.

O Ministério Público Eleitoral já havia se manifestado pela incompetência do TSE, sob a avaliação de que o caso deve tramitar no Superior Tribunal de Justiça ou no Supremo Tribunal Federal.

“Nessa seara, como bem destacou a Procuradoria-Geral Eleitoral, ‘a expressão crime comum, na linguagem constitucional, é usada em contraposição aos impropriamente chamados crimes de responsabilidade, cuja sanção é política, e abrange, por conseguinte, todo e qualquer delito, entre outros, os crimes eleitorais”, emendou o relator.

Cabe recurso contra a decisão individual.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo