Justiça
Justiça dá 5 dias para Moro e Deltan explicarem gastos em campanha eleitoral
Ambos são acusados de abuso de poder econômico em suas propagandas de 2022
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná deu cinco dias para que Deltan Dallagnol (Podemos-PR), ex-procurador e deputado federal eleito, e Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz e senador eleito, apresentem suas defesas contra a acusação de abuso de poder econômico nas campanhas eleitorais de 2022.
A primeira ação contra Moro e Dallagnol partiu da Federação Brasil da Esperança, composta por PT, PV e PC do B.
As legendas argumentam que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou recursos do Podemos e do União Brasil para ganhar destaque na véspera das eleições sem declará-los.
“Os investigados, principalmente o senador eleito Sergio Moro, perpetraram diversos atos de abusos, desde a possível prática de ‘caixa dois’ e abuso de poder econômico, fatos estes que, por si só, levam à necessária e urgente apuração de suas atitudes ilícitas, até às irregularidades na prestação de contas”, diz a ação, que também pede a investigação dos suplentes do senador eleito.
Quem também entrou na Justiça contra Moro neste caso, foi o PL de Jair Bolsonaro, pedindo a cassação do mandato do ex-juiz.
Eles pontuam na ação, que Moro não considerou na prestação de contas dele o valor investido enquanto ele ainda era filiado ao Podemos e pretendia concorrer à Presidência. Somente pontuou a verba do União Brasil, ao qual concorreu e se elegeu ao Senado.
Se comprovado, o valor total investido ultrapassa o teto de gastos para candidatos a senador, de R$ 4,4 milhões.
Na época, Moro se manifestou através das redes sociais. “Da minha parte, nada temo, pois sei da lisura das minhas eleições. Agora impressiona que há pessoas que podem ser tão baixas. O que não conseguem nas urnas, tentam no tapetão”.
Em relação a Dallagnol, as legendas questionam pagamentos feitos ao escritório do advogado Matheus Almeida Rios Carmo, ex-assessor de Deltan, sem que fosse apresentada a origem dos recursos.
Sobre o caso, o ex-coordenador da Operação Lava Jato afirmou que Carmo foi contratado pelo Podemos para prestar serviços de assessoria jurídica.
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