Política

Janja faz live sobre violência contra a mulher transmitida nas redes pela TV Brasil

Segundo a primeira-dama, que é socióloga, a política armamentista adotada no governo Bolsonaro foi um impulsionador das mortes de mulheres no País

Janja, Cida Gonçalves, Luana Xavier durante programa Papo de Respeito. Foto Lula Marques- Agência Brasil
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A primeira-dama Janja Lula da Silva participou, no fim da tarde de terça-feira 7, de uma transmissão ao vivo nas redes sociais em alusão ao Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta quarta-feira 8.

O programa, chamado Papo de Respeito, foi transmitido pelos perfis na internet da TV Brasil, veículo público ligado à EBC.

Também participou do programa a ministra da Mulher, Cida Gonçalves, além de Luana Xavier, apresentadora do programa Saia Justa. O trio falou dos compromissos do novo governo em zerar os índices de feminicídio e violência de gênero no Brasil.

Segundo a primeira-dama, que é socióloga, a política armamentista adotada no governo de Jair Bolsonaro (PL) foi um impulsionador das mortes de mulheres no País. “Hoje as armas estão dentro das casas das mulheres”, lamentou.

Ela também destacou a propagação de fake news como um vetor do machismo no Brasil. Segundo defendeu, as notícias falsas – que se tornaram mais habituais com a ascensão do bolsonarismo – tendem a atingir de forma mais violenta as mulheres do que de homens.

“A gente percebe que a maior parte das fake news, da violência, de mensagens de cunho moral atingem as mulheres”, disse. “Eu estou falando isso até porque tenho sofrido bastante isso nos últimos meses”, completou.

Ao final da participação, Janja leu o nome de algumas das vítimas de feminicídio ocorridos na última semana. A ação, defendeu, se tratou de um exercício de memória para fomentar o combate ao assassinato de mulheres e violência de gênero no Brasil.

“É dizer que elas estarão sempre presentes para a gente. Nossa luta vai ser uma luta constante para que isso não aconteça mais”.

Segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Monitor da Violência, uma mulher morre a cada 6 horas no País. Volume registrado em 2022 foi recorde.

Ações ministeriais

Na transmissão, Cida Gonçalves reforçou a temática dos decretos do governo em alusão ao 8 de março, como a obrigatoriedade de equiparação salarial entre homens e mulheres e a implantação do dia 14 de março como o Dia Marielle Franco, com foco no enfrentamento à violência política de gênero e de raça. O retorno do Disque 180, canal de denúncia de violência de gênero, também foi listado pela ministra.

Novas transmissões

Ao longo da live, Janja também anunciou que fará novas transmissões nas redes sociais sobre bandeiras e políticas do atual governo. A periodicidade e o formato ainda não foram definidos.

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