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‘Hoje, quem empolga as massas são Lula e Bolsonaro’, diz Mourão

Vice-presidente também minimizou o isolamento do presidente no G20, dizendo que não falar inglês atrapalhou o ex-capitão

Foto: Romério Cunha/VPR
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O vice-presidente Hamilton Mourão avalia o cenário eleitoral que se desenha para 2022 e, apesar de se mostrar um entusiasta da terceira via, não vê nenhum nome ‘empolgando as massas’ que não seja Lula ou Jair Bolsonaro.

A declaração foi dada em entrevista publicada nesta quinta-feira 4 pelo jornal O Globo. Na conversa, Mourão também minimizou o isolamento de Bolsonaro no G20, dizendo que não falar inglês atrapalhou a conversa do presidente com outros líderes mundiais.

“É importante que a gente não fique somente entre a nossa candidatura, que é o presidente Bolsonaro, e a do ex-presidente Lula. Sobre o Moro, tem que ver se ele vai ter fôlego, até porque tem outros nomes que estão aí, como o do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, do governador João Doria”, disse.

“Vejo Moro como um nome forte. Ele agrada a parcela da população que vê o combate à corrupção como uma bandeira importante. Agora, tem que empolgar a massa. Hoje, quem empolga as massas são Lula e Bolsonaro”, acrescentou em seguida na avaliação.

Ainda sobre 2022, o general garantiu que segue no PRTB, mas que não sabe se será candidato a vice novamente. Segundo explicou, há a possibilidade de concorrer ao Senado por dois estados: Rio de Janeiro ou Rio Grande do Sul.

Sobre o G20, Mourão disse ainda não saber exatamente o que levou Bolsonaro ao isolamento, se foi pouca ação do Itamaraty ou se realmente houve recusa por parte dos outros países. O general, no entanto, não viu grandes problemas na falta de conversa do presidente com outros líderes.

“Não sei se o Itamaraty propôs a outros países reuniões bilaterais e se eles recusaram. Mas vi que o presidente tentou interagir com os outros líderes. É complicado fazer isso quando se não se fala o idioma, precisa de um intérprete. Eu prefiro acreditar que as reuniões bilaterais não aconteceram porque não foram propostas pelo governo brasileiro. Mas acho que a participação do presidente foi positiva, principalmente pelo seu discurso”, disse.

Na entrevista, criticou ainda a atuação da CPI da Covid no Senado e as acusações contra Bolsonaro, que, para ele, não é um genocida.

“Acho que a CPI não trabalhou corretamente. Os interrogatórios foram mal conduzidos e atribuem ao presidente crimes que eu não concordo. É uma forçação de barra chamar Bolsonaro de genocida e difusor da pandemia. O presidente fala muita coisa, mas não age como fala. Por exemplo, sobre vacina. Ele vai contra o que fala, porque compra e distribui vacina”, criticou o general.

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