Política

Haddad nega ter feito crítica que teria motivado cancelamento de reunião com Lira

‘Longe de mim querer criticar a atual legislatura’, declarou o ministro da Fazenda, ao se justificar

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que tenha criticado o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ou a atual legislatura em entrevista ao podcast Reconversa, do jornalista Reinaldo Azevedo e o advogado Walfrido Warde.

A declaração ocorreu após um trecho de uma entrevista de Haddad ter sido apontada como suposto motivo para o cancelamento de uma reunião de líderes da Câmara que ocorreria nesta segunda-feira 14.

“As minhas declarações foram tomadas como uma crítica à atual legislatura. Na verdade, eu estava fazendo uma reflexão sobre o fim do chamado presidencialismo de coalizão”, disse Haddad.

“Na verdade, nós tínhamos, até os dois primeiros governos Lula, um presidencialismo de coalizão. Isso não foi substituído por uma relação institucional mais estável. Então, eu defendi durante a entrevista que essa relação fosse mais harmônica e que pudesse produzir os melhores resultados”, justificou.

Haddad também argumentou que tem compartilhado com o Congresso e o Judiciário as “conquistas” do 1º semestre, como a aprovação da reforma tributária e do arcabouço fiscal na Câmara.

“Longe de mim querer criticar a atual legislatura. Era uma reflexão, justamente, para que a gente estabelecesse regras mais estáveis e duráveis, pensando no futuro da relação entre Executivo, Senado e Câmara Federal”, afirmou.

O petista disse ter telefonado para Lira com o objetivo de esclarecer o que disse na referida entrevista. Segundo ele, a ligação foi “excelente”.

Na conversa com Azevedo e Warde, publicada nesta segunda-feira 14, Haddad havia dito que “a Câmara está com um poder muito grande e não pode humilhar o Senado e o Executivo”.

A reunião de líderes na casa de Lira trataria do arcabouço fiscal, projeto de Haddad que substituirá o teto de gastos estabelecido pelo governo de Michel Temer (MDB).

O texto já havia sido aprovado na Câmara, mas recebeu mudanças no Senado e, portanto, voltou para a análise dos deputados. Conforme mostrou CartaCapital, o governo teme que a Câmara rejeite uma emenda dos senadores que envolve 40 bilhões de reais do orçamento.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo