Economia

Haddad diz ter dado sinal positivo a Lira sobre cortes de gastos: ‘Não temos problema com isso’

Ministro da Fazenda relatou conversa por telefone com o presidente da Câmara sobre reforma administrativa

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Washington Costa/MPO
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ter indicado sinal favorável à reforma administrativa e a demais políticas de cortes de gastos, durante telefonema com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nesta quinta-feira 31. A declaração ocorreu durante coletiva de imprensa.

Defendida por Lira, a reforma administrativa é uma antiga bandeira por enxugamentos no serviço público. O último governo a apresentar um projeto nesse sentido foi o de Jair Bolsonaro (PL), em setembro de 2020, por meio da Proposta de Emenda Constitucional 32. Movimentos de servidores foram contra.

“Hoje mesmo eu falei por telefone com o presidente Arthur Lira, e nós conversamos sobre essa agenda. E eu falei: olha, presidente, o Ministério da Fazenda e o Ministério do Planejamento estão à disposição das Casas para enfrentar esse debate”, relatou Haddad.

“Nós não temos nenhum problema com isso. Inclusive, desperdícios, problemas de fraudes de cadastro… Está cheio de coisas que nos interessa explorar da melhor maneira possível para atingir o resultado o quanto antes”, afirmou o petista.

Quanto mais cedo nós atingirmos os resultados econômicos, mais rapidamente o Brasil vai crescer.

Na mesma coletiva, Tebet pregou que “o que importa é qualidade dos gastos”.

Segundo a ministra, o governo precisa buscar 168 bilhões de reais de receita bruta para zerar o déficit em 2024. Até então, os ministros vinham apontando medidas para aumentar a arrecadação.

Entre essas medidas, estão a taxação de fundos onshore e offshore e a retomada do voto de qualidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o Carf.

A sinalização de Haddad aponta, agora, para um debate que buscaria reduzir gastos do Estado.

Na quarta-feira 30, Lira disse na Câmara, em um almoço com representantes de municípios, que o governo tem que entrar na discussão sobre a reforma administrativa “por bem ou por mal, assim ou assado”.

Na ocasião, o presidente da Câmara divulgou um manifesto pela votação da reforma administrativa com o apoio de 23 frentes parlamentares que representam o setor produtivo.

De acordo com o texto, “a redução do custo do Estado é fundamental para garantir a sustentabilidade financeira, bem como para direcionar os recursos públicos de maneira mais assertiva”.

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