Economia
Após a tributária, Lira volta as atenções para a reforma administrativa: ‘É a que falta’
Em evento de Doria, o presidente da Câmara também exaltou a aprovação, nos últimos anos, das reformas trabalhista e previdenciária
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu nesta segunda-feira 24 que a próxima PEC a ser impulsionada pelo governo seja a da reforma administrativa.
A declaração foi concedida durante um evento do Lide, grupo empresarial que reuniu mais de 400 empresários dos setores de serviços, comércio, indústria e finanças, em São Paulo. O painel Rumos da Reforma Tributária e as Perspectivas do Brasil teve o deputado como protagonista.
“De todas as reformas estruturantes [a administrativa] é a única que falta. Nós votamos a trabalhista, a previdenciária e a tributária. Agora falta a administrativa”, afirmou Lira, ao lado do ex-governador de São Paulo João Doria e do presidente da Febraban, Isaac Sidney.
O grupo Lide foi fundado por Doria e tem como presidente João Doria Neto, filho mais velho do ex-tucano.
Após elogiar a condução da reforma tributária pela Câmara, Lira destacou a urgência na votação de pautas estruturais no primeiro ano do governo Lula, especialmente a reforma administrativa.
“De maneira muito institucional esse assunto tem de ser discutido, porque ela vai gerar piso de despesa [caso não seja pautada]. [Se for aprovada] Você vai ter diminuição de custos a longo prazo, com programação para qualquer governo”, argumentou. “É uma matéria que está pronta para o plenário, precisa só construir narrativas e apoios importantes para que a gente leve isso para o plenário.”
A declaração foi aplaudida por empresários. Sidney afirmou que a Febraban, que reúne os principais bancos do Brasil, é favorável à aprovação da reforma.
A última movimentação da PEC 32 ocorreu em 2021, quando ela foi chancelada por uma comissão especial da Câmara. As principais alterações tratam da contratação, da remuneração e do desligamento de pessoal, e se aplicariam somente para quem ingressar no setor público após a eventual aprovação da proposta.
A reforma administrativa é alvo de protestos de servidores públicos, sob a avaliação de que a PEC fragilizará os vínculos de trabalho e não implicará em redução de custos aos cofres públicos, uma vez que não atinge os altos escalões do governo.
O assunto foi debatido pela equipe de transição do governo Lula, com aceno ao total abandono da proposta.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.