Política

Há um esforço sincero pela redução das mortes em ações da PRF, diz Dino

O ministro da Justiça confirmou processos administrativos sobre a morte de uma menina de 3 anos em ação da corporação

Centro de comando da PRF em Brasília. Foto: José Cruz/Agência Brasil
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O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou haver um “esforço sincero” pela redução de mortes por ações policiais da Polícia Rodoviária Federal.

Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira 18, a pasta informou ter identificado oito mortes decorrentes de operações da corporação neste ano. Em 2022, houve 44 mortes nos 12 meses. Os números de 2023 são proporcionalmente inferiores, mas não são definitivos.

O índice atual também é proporcionalmente mais baixo que os de 2018 (22 mortes), 2019 (25 mortes), 2020 (17 mortes) e 2021 (40 mortes).

A série demonstra que a letalidade por ação policial da PRF dobrou durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Faço questão de mostrar que há um esforço sincero de redução das mortes decorrentes de ação policial da PRF”, afirmou Dino. “Nós queremos e vamos alcançar que esse número seja zero.”

“Lembremos que nós estamos vindo de uma cultura institucional em que havia múltiplas deformações. Esta cultura explica a dificuldade de superação de algumas práticas enraizadas”, declarou o ministro.

De acordo com Dino, estão em andamento dois processos administrativos disciplinares para a apuração de eventos que levaram a mortes. Segundo ele, não é possível “antecipar juízos”.

As duas investigações tratam da morte de uma menina de 3 anos, Heloísa dos Santos Silva, após ter sido baleada em 8 de setembro com dois tiros, na nuca e no ombro, durante uma ação da PRF no Rio de Janeiro.

Na ocasião, os policiais atiraram no carro em que a criança estava com a família. Dino disse que um processo administrativo se refere ao ato letal e outro apura a visita de policiais ao hospital.

Um dos casos de letalidade mais emblemáticos dos últimos tempos foi o de Genivaldo Santos, morto por agentes da PRF em maio de 2022. O processo foi encerrado há um mês, com o pedido de demissões.

Devido ao escândalo, o governo pretende instalar câmeras nos uniformes da corporação.

A ideia é que os equipamentos sejam adotados a partir de 2024. A PRF deve ser a primeira polícia sob gerência federal a formalizar a obrigatoriedade da utilização desses itens.

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