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Ao MPF, familiar de menina morta pela PRF diz que 28 policiais estiveram no hospital no dia do crime
Heloísa dos Santos, de apenas 3 anos, foi atingida por tiros disparados por policiais na baixada fluminense; relato indica tentativa de intimidação
Uma tia de Heloísa dos Santos Silva, que foi morta em uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Baixada Fluminense, disse que 28 agentes da corporação estiveram no hospital em que a menina de 3 anos foi internada após ser baleada. Em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), a familiar disse que um dos agentes a intimidou.
“No dia do evento se dirigiram ao hospital Adão Pereira Nunes 28 policiais, os quais, segundo palavras da própria testemunha, ficaram vasculhando e ‘mexendo’ no carro [onde Heloísa estava] durante certo tempo”, afirmou o Procurador da República Eduardo Benones, ao relatar o depoimento da tia de Heloísa.
O MPF já pediu a prisão de três policiais federais que estiveram envolvidos no crime: Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro, Wesley Santos da Silva e Fabiano Menacho Ferreira. O último assumiu que fez os disparos que levaram à morte de Heloísa.
“Inclusive [a tia] relatou que um dos policiais que não participou do ocorrido apontou-lhe um projétil e disse que aquele projétil atingiu o veículo deles, numa tentativa inequívoca de intimidar a testemunha e incutir nela a versão sustentada pelos policiais. Isto tudo ocorreu no ambiente hospitalar, quando a vítima Heloisa recebia atendimento médico cirúrgico”, descreveu o Procurador.
De acordo com o representante do MPF, o agente Newton Agripino de Oliveira Filho ingressou sem autorização nas dependências do hospital. “Este policial assediou o pai de Heloísa, buscando estabelecer conexões sem que isto fizesse parte de qualquer estratégia de ajuda institucional”, afirmou Eduardo Benones.
A Justiça Federal, que pediu uma nova perícia no fuzil usado na ação e no carro onde Heloísa estava, ainda não se manifestou sobre o pedido de prisão dos policiais.
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