Política

Governo Lula instala sala de situação para lidar com fake news sobre o RS

O grupo também participará de uma reunião com representantes de redes sociais

Foto: Renato Menezes (ASCOM/AGU)
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O governo Lula (PT) instalou na manhã desta sexta-feira 10 uma sala de situação para discutir ações de combate à desinformação sobre a calamidade pública no Rio Grande do Sul.

A primeira reunião ocorreu nesta manhã, na sede da Advocacia-Geral da União, em Brasília. Também fazem parte do grupo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência, o Ministério da Justiça e a Polícia Federal.

No encontro desta sexta, os participantes apresentaram exemplos de fake news sobre as consequências dos temporais que castigam o Rio Grande do Sul desde a semana passada. Eles também definiram a Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia, um órgão da AGU, como liderança na prevenção de prejuízos causados pela desinformação em meio à tragédia.

O grupo marcará presença em uma reunião da AGU com representantes das plataformas de redes sociais nesta sexta.

Na última quarta-feira 8, a AGU já apresentou uma ação à Justiça Federal de Barueri (SP) contra o coach Pablo Marçal, com uma solicitação de direito de resposta.

Segundo o braço jurídico do governo federal, a medida é necessária diante da circulação de vídeos nas redes sociais nos quais Marçal afirma que as Forças Armadas estariam inertes diante da calamidade.

A ação partiu da Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia e pede que a Justiça determine a Marçal a publicação de uma resposta da União com informações sobre o trabalho de militares em território gaúcho.

A Procuradoria argumenta que, ao mirar a credibilidade das Forças Armadas no caso, Marçal dissemina desinformação prejudicial ao socorro, uma vez que a atitude pode desencorajar a entrega de doações e atrapalhar os resgates.

O influenciador, com mais de 8 milhões de seguidores no Instagram, chegou a afirmar que um empresário teria disponibilizado mais aeronaves que a Força Aérea Brasileira para as ações de suporte à população gaúcha.

“Não se questiona, portanto, a capilaridade nociva de que se reveste um vídeo com conteúdo de desinformação, especialmente se produzido por alguém a quem a sociedade reputa possuir uma maior confiabilidade, em razão da popularidade que possui”, diz a AGU em um trecho da petição.

Para a Advocacia-Geral, a desinformação está fora da guarida da liberdade de expressão e “atinge diretamente o direito fundamental à informação correta”.

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