Política

Governadora em exercício do DF defende Ibaneis: ‘Recebeu informações equivocadas’

Celina Leão (PP) participou de reunião com Lula e disse atuar junto ao governo federal contra ações terroristas

A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP). Foto: Reprodução/TV Brasil
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A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), afirmou que o governador afastado Ibaneis Rocha (MDB) recebeu “informações equivocadas” sobre as ações terroristas provocadas em Brasília no domingo 8.

A declaração ocorreu em reunião de governadores com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta segunda-feira 9, em Brasília. Na ocasião, ela defendeu o caráter “democrata” de Ibaneis, acusado pelo Supremo Tribunal Federal de ter agido com descaso e omissão no episódio.

“O governador Ibaneis Rocha é um democrata, é um homem que exerceu a presidência da Ordem [dos Advogados do Brasil, a OAB], sabe o que significa o ataque aos Poderes da República”, afirmou Leão. “Mas, por infelicidade, recebeu várias informações equivocadas durante todo o momento da crise.

Segundo ela, as informações repassadas ao governador “partiram de forma equivocada” e isso será esclarecido pelo inquérito do STF que apura os atos antidemocráticos. Ela negou, ainda, que a realização dos ataques tenha a participação de Ibaneis.

Leão afirmou, também, que tem atuado junto ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), para tomar providências.

“O Distrito Federal não irá tolerar, na capital federal, vandalismos e atos terroristas como o que aconteceu ontem”, declarou a governadora, que apoiou Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial.

Outro governador bolsonarista a se declarar contrário aos atos antidemocráticos foi Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo. Ex-ministro do último governo, Freitas manifestou “solidariedade” aos Três Poderes.

“O Brasil construiu a duras penas a sua democracia, que é um valor que tem que ser defendido e exaltado. Essa reunião de hoje significa que a democracia vai se tornar, depois dos episódios de ontem, ainda mais forte”, declarou.

O governador Helder Barbalho (MDB), do Pará, abriu a participação dos governadores e classificou as ações de domingo como “ato frontal de tentativa de golpe de Estado”. Segundo ele, 16 estados enviaram tropas policiais para apoiar a decisão de intervenção federal no Distrito Federal.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou ter inaugurado um gabinete das forças de segurança e de controle do estado para identificar os participantes e financiadores dos ataques.

Também estiveram presentes na reunião:

  • ACRE: Vice-Governadora Mailza Assis
  • ALAGOAS: Governador Paulo Dantas
  • AMAPÁ: Governador Clécio Luís
  • AMAZONAS: Governador Wilson Lima
  • BAHIA: Governador Jerônimo Rodrigues
  • CEARÁ: Governador Elmano de Freitas
  • ESPÍRITO SANTO: Governador Renato Casagrande
  • GOIÁS: Vice-governador Daniel Vilela
  • MARANHÃO: Governador Carlos Brandão
  • MATO GROSSO: Vice-Governador Otaviano Pivetta
  • MATO GROSSO DO SUL: Governador Eduardo Riedel
  • MINAS GERAIS: Governador Romeu Zema
  • PARAÍBA: Governador João Azevêdo
  • PARANÁ: Governador Ratinho Júnior
  • PERNAMBUCO: Governadora Raquel Lyra
  • PIAUÍ: Governador Rafael Fonteles
  • RIO DE JANEIRO: Governador Cláudio Castro
  • RIO GRANDE DO NORTE: Governadora Fátima Bezerra
  • RONDÔNIA: Representante Augusto Leonel de Souza Marques
  • RORAIMA: Governador Antônio Denarium
  • SANTA CATARINA: Governador Jorginho Mello
  • SERGIPE: Governador Fábio Mitidieri
  • TOCANTINS: Governador Wanderlei Barbosa

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