Política

Glauber Braga diz que PSOL não apoiará a reeleição de Lira: ‘Nosso voto ele não tem’

Na avaliação do deputado, o agrado ao presidente da Casa não garantirá governabilidade a Lula

Glauber Braga diz que PSOL não apoiará a reeleição de Lira: ‘Nosso voto ele não tem’
Glauber Braga diz que PSOL não apoiará a reeleição de Lira: ‘Nosso voto ele não tem’
Glauber Braga e Arthur Lira. Fotos: Paulo Sergio e Luis Macedo/Câmara dos Deputados
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Vice-líder da bancada do PSOL na Câmara, o deputado federal Glauber Braga (RJ) descartou que o seu partido vote a favor da recondução de Arthur Lira (PP-AL) à Presidência da Casa.

Em postagem nesta terça-feira 29, Braga afirmou que a legenda não teme ser a única a não votar em Lira. A declaração ocorre após o PT e o PSB formalizarem apoio ao deputado do PP.

“A possibilidade de a bancada do PSOL apoiar a reeleição de Arthur Lira para a presidência da Câmara é NENHUMA. ‘Ah, mas vai ficar isolado? Será o único partido a não apoiá-lo.’ Paciência. Se esse for o cenário, lamentamos mas vamos em frente. Nosso voto ele NÃO tem! E luta que segue!”, escreveu.

Segundo o deputado, a decisão da bancada do PSOL foi adotada em uma reunião em 24 de novembro, da qual participaram os deputados federais eleitos.

Em entrevista a CartaCapital, Braga já havia criticado a possibilidade de o PT apoiar a reeleição de Lira.

“Como Lira é experiente, sabe do poder que o futuro governo tem e acena numa eventual composição. Depois que o governo atender os seus interesses, no sentido de garantir votos ao Lira, ele de novo volta a mostrar as garras, cobrando de maneira permanente uma chantagem”, afirmou, durante participação no programa Direto da Redação, no YouTube. “Não é agradando o Lira que se garante governabilidade.”

Lira já tem o apoio de 14 partidos para se reeleger. Segundo o líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), a bancada petista disse ter visto possibilidade de construir um “bloco de governabilidade” durante a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva.

Conforme CartaCapital já havia mostrado, a eleição na Câmara era um dos principais entraves para a negociação da PEC da Transição, proposta de emenda à Constituição que prevê a ultrapassagem do teto de gastos para garantir benefícios sociais.

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