Política
Dino descarta uso da Força Nacional na Bahia e critica ‘visão criminalizadora’ das polícias
O estado, que lidera o ranking de mortes violentas, foi acometido por uma nova chacina na madrugada desta quinta-feira, na cidade de Jequié, que vitimou seis pessoas da mesma família
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, descartou, nesse momento, o uso da Força Nacional na Bahia. O estado, que lidera o ranking de mortes violentas, foi acometido por uma nova chacina na madrugada desta quinta-feira, na cidade de Jequié, no sudoeste do estado, e que vitimou seis pessoas de uma mesma família.
“Nesse momento, as ações das polícias estaduais, com o fortalecimento da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal devem produzir os efeitos que esperamos”, disse o ministro durante coletiva de imprensa dada ao lado do governador Jerônimo Rodrigues (PT-BA), e demais ministros.
“Caso haja eventualmente um recrudescimento, uma mudança de cenário, é claro que a Força Nacional estará à disposição.”
Durante a agenda, Dino apresentou medidas de colaboração do governo federal com o estado da Bahia na área da segurança pública. Como, por exemplo, o aporte de 20 milhões de reais em créditos extras ao estado, que serão empenhados para a compra e aluguel de viaturas das forças de segurança. O ministro também anunciou ações de reforma e implantação de sedes da Polícia Federal, como em Vitória da Conquista e Feira de Santana; a implantação da Força de Combate Integrada ao Crime Organizado (Fico) na cidade de Ilhéus; além do lançamento de editais direcionados a prevenção da violência, política anti drogas e apoio a mulheres vítimas de violência.
“Todas as ações que o governo Lula determinou são feitas em parceria com os estados independentemente do partido que governa o estado”, disse o ministro, que também defendeu uma ‘visão integrada’ da segurança pública, associada a políticas sociais, de trabalho, cultura, lazer e educação.
Durante seu pronunciamento, o ministro mencionou a necessidade de se reduzir a letalidade que acomete policiais e a sociedade, e condenou o que chamou de ‘visão criminalizadora’ das polícias.
“Nós não concordamos com a ideia de que a polícia está sempre errada. Essa é uma ideia deletéria ao país. Porque é uma ideia que desestimula a ação das polícias. A virtude está no meio termo”, declarou.
“Eu não concordo com a visão criminalizadora das polícias, isso não é bom para o Brasil. Os maus tem que ser investigados e punidos, mas não julgar a instituição”.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.