Justiça

Família de petista morto por bolsonarista em Foz do Iguaçu vai receber R$ 1,7 milhão em indenização

Indenização considerou que autor do crime se valeu da condição de agente público para acessar o local da festa e efetuar o disparo

Marcelo Arruda foi morto por bolsonarista durante festa de aniversário de 50 anos com temática do PT. Foto: Reprodução/Redes Sociais
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A família de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT morto em 2022 após uma discussão política com um bolsonarista em Foz do Iguaçu (PR), vai receber 1,7 milhão de reais em indenização da União.

O valor foi definido em um acordo celebrado pela Advocacia-Geral da União (AGU) e homologado pela Justiça Federal de Foz do Iguaçu.

A indenização considerou outros fatores, que o autor do crime se valeu da condição de agente público para acessar o local da festa e efetuar o disparo utilizando uma arma de propriedade da União.

Segundo a AGU, a companheira e aos quatro filhos de Arruda devem receber o valor. A AGU informou que ingressará posteriormente com uma ação regressiva para cobrar do autor do crime o ressarcimento do valor pago pela União a título de indenização.

A conciliação foi celebrada no âmbito de ação movida pelos familiares para cobrar o pagamento de indenização da União pelo episódio.

Com a homologação do acordo, o processo foi extinto em relação aos cinco familiares, e continuará tramitando apenas em relação à ex-esposa do guarda municipal, que também acionou a Justiça para cobrar indenização, apesar de na época do óbito não ter mais o vínculo conjugal com Marcelo.

Relembre o caso

Arruda foi morto no dia 9 de julho de 2022, quando celebrava 50 anos em uma festa com o tema PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual no Paraná (MP-PR), o agente penal Jorge Guaranho, simpatizante do presidente Jair Bolsonaro (PL), teve acesso a imagens de câmeras de segurança da associação e foi até o local.

Conforme testemunhas, Guaranho começou a gritar “mito”, “aqui é Bolsonaro” e iniciou uma discussão com Arruda – eles não se conheciam. O agente penal saiu e voltou minutos depois, atirando em Arruda, que não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte.

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