Política
EUA asseguram a Lula que reconhecerão rapidamente o resultado da eleição, diz agência
O objetivo é evitar quaisquer tentativas de contestação da vontade popular manifestada nas urnas que possam levar a um caos social, informa a Reuters
Diplomatas dos Estados Unidos asseguraram a Lula, candidato do PT à Presidência da República, que reconhecerão rapidamente o vencedor da eleição brasileira, segundo o relato de duas fontes à agência Reuters. O objetivo é evitar quaisquer tentativas de contestação da vontade popular manifestada nas urnas que possam levar a um caos social.
Na quarta-feira 21, o petista se reuniu com o chefe da embaixada norte-americana no Brasil, Douglas Koneff. No encontro, de acordo com a agência de notícias, Lula foi informado de que Washington planeja reconhecer imediatamente o desfecho do pleito, incentivando outros países a fazer o mesmo.
Lula tem 50% dos votos válidos e pode vencer a eleição no primeiro turno, segundo uma pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira 22. Na comparação com o levantamento anterior, da semana passada, o petista oscilou dois pontos para cima.
Considerando a margem de erro, Lula tem entre 48% e 52%. Para triunfar na primeira rodada, ele tem de obter mais de metade dos votos válidos, excluindo nulos e brancos. Jair Bolsonaro (PL), por sua vez, anota 35%, um ponto a menos que na pesquisa passada.
Em situação delicada, o ex-capitão voltou nesta sexta-feira 23 a fazer ameaças às instituições, durante comício em Divinópolis (MG). Sem qualquer evidência, também repetiu a alegação de que vencerá o pleito no primeiro turno.
O Departamento de Estado norte-americano já se pronunciou em diferentes ocasiões em defesa do sistema eleitoral brasileiro, alvo constante de ataques infundados de Bolsonaro.
Em julho, o porta-voz da pasta, Ned Price, afirmou que o sistema eletrônico do Brasil é um “modelo” para outros países.
“Eleições vêm sendo conduzidas pelo capacitado e já testado sistema eleitoral brasileiro e pelas instituições democráticas com sucesso ao longo de muitos anos. Então, ele é um modelo para nações não apenas neste hemisfério, mas além”, defendeu. A manifestação ocorreu após Bolsonaro reunir embaixadores em Brasília para repetir fake news sobre as urnas e agredir instituições como o Tribunal Superior Eleitoral.
Price ainda disse que os Estados Unidos são um “parceiro democrático do Brasil” e acompanharão as eleições de outubro “com grande interesse e expectativa total de que serão conduzidas de maneira livre, justa e confiável, com todas as instituições relevantes agindo sob a regra constitucional”.
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