Política

‘Eu odeio ladrão, odeio corrupto’, diz Weintraub ao declarar voto em Bolsonaro

Ex-ministro alega que presidente é apenas um ‘vizinho bonachão que se corrompeu com o poder’

O presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub (Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil)
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O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub (PMB) anunciou nesta terça-feira 2 que pretende votar em Jair Bolsonaro (PL) nos dois turnos, mesmo diante de todos os indícios de corrupção que assolam o atual governo. Em entrevista ao site Metrópoles, ele alegou que, apesar de ‘odiar ladrão e corrupto’, considera o ex-capitão como a melhor opção no atual cenário por ser, segundo ele, apenas um ‘bonachão que se corrompeu com poder’.

“Eu nunca votei no PT na minha vida. Ciro Gomes, para mim, não chega a ser tão ruim quanto o PT, mas muito próximo. Vou tapar o nariz, porque não anulo voto, e vou votar no Bolsonaro, mas sabendo o que ele é e o que aquela família representa”, anunciou.

“No segundo turno é a mesma coisa. Não estou recomendando voto e nem vou pedir voto para Bolsonaro. Se fosse Alckmin e Lula, eu taparia o nariz e daria o voto ao ‘merendeiro’”, completou Weintraub.

Na mesma conversa em que declarou voto no ex-capitão, Weintraub tornou a dizer que Bolsonaro e seus filhos seriam, ao que tudo indica, corruptos. “Eu odeio ladrão, odeio corrupto, tenho nojo dessas pessoas. Começou a ter fortes indícios de corrupção e sinais de enriquecimento de membros da família Bolsonaro”, afirmou logo após sua declaração de voto.

Para ele, porém, sua escolha eleitoral estaria justificada pelo momento atual. Ele diz considerar Lula ‘uma entidade do mal com poderes sobrenaturais’ e Bolsonaro apenas um ‘bonachão que se corrompeu com o poder’.

“Reviraram o lixo do Lula e encontraram vinhos de R$ 3 mil no dia a dia. Ele dando tchau e ele tinha um relógio de ouro. Ele é uma entidade do mal, com poderes sobrenaturais. O Bolsonaro é um vizinho que é bonachão, engraçado e que se corrompeu quando teve acesso ao poder. Não considero ele tão mal quanto o Lula”, disse ao tentar minimizar a inconsistência das declarações anteriores.

Na entrevista, Weintraub também justificou a desistência de se candidatar ao governo de São Paulo, anunciada de última hora. Assim como seu irmão, Arthur Weintraub, ele vai buscar uma vaga na Câmara. Segundo disse, sua escolha se dá por vislumbrar poucas chances de vencer a disputa para o Palácio dos Bandeirantes, que tem Fernando Haddad (PT) na dianteira.

“Assim, a gente consegue não somente eleger a mim e meu irmão. Se eu conseguir um milhão [de votos] e Arthur conseguir 350 mil e mais dois candidatos com nosso perfil, a gente elege quatro ou cinco deputados. Eu acho factível”, argumentou.

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