Política

Entenda o que ainda pesa contra Braga Netto, declarado inelegível pelo TSE

Golpismo de Jair Bolsonaro (PL) e investigação sobre intervenção no Rio de Janeiro podem gerar ‘dores de cabeça’ ao general

Braga Netto e Bolsonaro. Foto: Marcos Corrêa/PR
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O Tribunal Superior Eleitoral condenou o ex-ministro e ex-candidato a vice-presidente Walter Braga Netto (PL) a oito anos de inelegibilidade por abuso nas cerimônias do 7 de Setembro de 2022. O julgamento foi concluído na terça-feira 31.

A decisão, portanto, impede o general de disputar a prefeitura do Rio de Janeiro em 2024 e frustra os planos do PL. Não encerra, porém, as investigações em curso com potencial de atingir o militar.

Um dos casos diz respeito à apuração da Polícia Federal sobre eventuais irregularidades na intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, em 2018, sob o comando de Braga Netto.

Em 12 de setembro, a PF deflagrou uma operação contra supostas fraudes na compra de coletes balísticos pelo gabinete da intervenção, chefiado por Braga Netto. Naquele dia, agentes cumpriram 16 mandados de busca e apreensão. O general não foi alvo de mandado, mas seu sigilo telefônico foi quebrado. Ele é um dos investigados pela polícia no caso.

Mensagens interceptadas pela PF e reveladas pelos jornais O Globo e o Estado de S. Paulo indicam que Braga Netto prometeu “dar uma força” a lobistas que pediam a reversão do cancelamento de um contrato de compra de 9.360 coletes balísticos no valor de 40 milhões de reais.

Na ocasião, o militar afirmou que “os contratos do Gabinete de Intervenção Federal (GIF) seguiram absolutamente todos os trâmites legais previstos na lei brasileira”. Segundo ele, “a suspensão do contrato [com a CTU Security] foi realizada pelo próprio GIF, após avaliação de supostas irregularidades nos documentos fornecidos pela empresa”.

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