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Encontros com Papa e Macron: o que está em jogo na nova viagem de Lula à Europa
Presidente se encontrará com lideranças da França e Itália para resolver entraves ao acordo entre Mercosul e União Europeia; guerra da Ucrânia também está na pauta
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca na noite desta segunda-feira 19 rumo à Europa. Na agenda, já estão previstos encontros com o presidente da Itália, Sergio Mattarella, e da França, Emmanuel Macron, além disso, o petista também deverá se reunir com o Papa Francisco, no Vaticano.
Os encontros começarão na terça-feira 20, quando Lula se reúne em Roma com o sociólogo italiano Domenico de Mais. Na quarta, o petista será recebido pelo presidente Sergio Mattarella; na sequência participa de uma audiência com o Papa Francisco. Por fim, ainda na Itália, ele terá uma agenda com o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri.
Na quinta, Lula parte para Paris, na França, onde cumpre agenda até sexta e atende à Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, discursa no evento Power Our Planet e tem um jantar oferecido por Macron aos chefes de estado participantes da Cúpula.
Os encontros bilaterais e a participação na Cúpula tem como foco principal o meio ambiente. Na reunião com o presidente da França, ele deve focar na resolução dos entraves que a questão climática tem trazido para a conclusão de um acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Na semana passada, Lula recebeu a presidente da Comissão Europeia na tentativa de chegar a um acordo.
O desmatamento ilegal no Brasil, a mineração e o desmonte ambiental promovido pelo governo anterior têm causado preocupação nos países do bloco Europeu, que discutem a inclusão de sanções de mercado caso o País continue a violar regras e acordos ambientais.
Em segundo plano e, principalmente, no encontro com o pontífice, Lula deve tocar em um assunto considerado espinhoso nas relações internacionais: a guerra na Ucrânia. Nos primeiros meses de governo, o petista fez uma primeira rodada de encontros bilaterais, mas sua postura ‘conciliadora’ diante da guerra foi vista como complacente e rechaçada pela imprensa internacional.
Diante o assunto, o presidente brasileiro tem mudado o discurso e seu foco agora é de criar um grupo de países que não estejam envolvidos diretamente no conflito para tentar mediar o diálogo entre ambos os lados.
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