Política

Eduardo Bolsonaro minimiza relação do pai com atos golpistas: “Ele não mandou ninguém ir às ruas”

Bolsonaro, vale dizer, é investigado pelo STF no inquérito que mira os ‘mentores intelectuais’ da invasão aos prédios dos Três Poderes

(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil)
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) minimizou a relação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com os atos golpistas do 8 de Janeiro e os acampamentos bolsonaristas em frente aos quarteis do Exército. As declarações foram dadas em entrevista à Jovem Pan nesta sexta-feira 17.

“Ele [Bolsonaro] não mandou ninguém ir para as ruas. Se ele fala ‘vai pra casa’ é porque ele tem uma liderança naquele pessoal e aí vincula o presidente em todo esse problema. É o que a esquerda mais quer”, afirmou. “Com o presidente nos EUA, você não tem como dizer que ele arquitetou ou organizou alguma coisa. Ele tava até fora do país quando aconteceu tudo isso”.

O Ministério Público Federal trabalha com a linha de apuração sobre os ‘mentores intelectuais’ do quebra-quebra, entre os quais estaria Bolsonaro. No dia da invasão, o ex-capitão estava em Orlando, nos Estados Unidos. Ele deixou o Brasil às vésperas da posse de Lula (PT).

O ex-presidente foi incluído no inquérito sobre os atos golpistas por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Segundo a PGR, ele incitou seus apoiadores a cometerem crimes ao publicar, três dias após os ataques, um vídeo em que questiona o sistema eletrônico de votação.

Além de Bolsonaro, três deputados federais respondem a um inquérito por incitar os atos antidemocráticos: André Fernandes (PL-CE), Clarissa Tércio (PP-PE) e Silvia Waiãpi (PL-AP). A apuração também foi aberta a pedido da PGR que, com base em publicações feitas pelos parlamentares às vésperas e no dia das invasões, identificaram conteúdos que podem configurar incitação pública à prática de crime e tentativa de abolir, mediante violência ou grave ameaça, o Estado Democrático de Direito.

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