Política

Defesa de Bolsonaro quer acessar o resultado de perícias na minuta golpista

O documento foi incluído na ação que pode tornar Bolsonaro inelegível por convocar embaixadores para disseminar mentiras sobre as urnas

Anderson Torres e Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP
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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quer autorização para acessar os resultados das perícias realizadas na ‘minuta do golpe’ encontrada durante operação da Polícia Federal na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. O documento previa decretar Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral com o objetivo de mudar o resultado das eleições. As informações são da TV Globo.

Os advogados de Bolsonaro e do general Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa do ex-capitão, pediram que o TSE solicite ao Supremo Tribunal Federal a lista com os nomes das pessoas que tiveram a digital identificada no documento.

A pedido do PDT, a minuta do golpe foi incluída na ação que investiga se Bolsonaro cometeu abuso de poder político ao convocar embaixadores para disseminar mentiras sobre as urnas eletrônicas. A defesa do ex-presidente chegou a pedir a rejeição da solicitação, mas o TSE manteve o documento nos autos.

No recurso desta sexta, os advogados reafirmam a discordância com a permanência da minuta na investigação. “Faz-se mister, portanto, deixar explícito que o fato de os investigados passarem a requerer diligências e provas nesta oportunidade (para além dos fatos descritos na petição inicial, que se limita ao evento ocorrido no dia 18.7.2022) não significa, em absoluto, anuência ou concordância com o expediente adotado no feito“, diz um trecho do ofício.

Durante a reunião, que aconteceu em julho de 2022, o então presidente e candidato à reeleição discursou por 45 minutos, divulgando uma série de informações falsas sobre o processo eleitoral e a segurança das urnas eletrônicas, utilizadas no País desde 1996 sem que tenha havido uma única comprovação de fraude.

Na apresentação, Bolsonaro ainda sugeriu que alguns membros da Justiça Eleitoral conspiravam para favorecer o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A defesa ainda solicitou que o STF disponibilize dados da investigação sobre a live em que Bolsonaro divulgou um inquérito sigiloso da PF e o parecer em que a Procuradoria-Geral da República pede o arquivamento da ação.

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