Política

CPMI encontra novos depósitos de Mauro Cid para Michelle Bolsonaro, revela site

Ao todo, a equipe do ajudante de ordens de Jair Bolsonaro teria enviado ao menos R$ 60 mil para a ex-primeira-dama

Michelle e Bolsonaro Foto: Sergio Lima / AFP
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A CPMI do 8 de Janeiro encontrou novos comprovantes de depósitos de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A revelação foi feita pelo site Metrópoles nesta terça-feira 8.

De acordo com a publicação, em 11 dias distintos, Cid e sua equipe enviaram um montante de 60 mil reais para Michelle. Todos os depósitos, mostram os comprovantes, foram feitos em dinheiro vivo e de forma fracionada. Ao todo, são 45 depósitos da equipe liderada por Cid para as contas de Michelle.

Em janeiro deste ano, o site já havia revelado parte do esquema de pagamentos em dinheiro vivo para a ex-primeira-dama. Naquela ocasião, foi citada a suspeita da existência de um esquema de caixa 2 no Planalto. Na época, os envolvidos negaram as acusações.

Na novas revelações, a CPMI identificou um pagamento em 10 de janeiro do ano passando, no valor de 6 mil reais. Depois, no final daquele mesmo mês, a então primeira-dama recebeu dois depósitos que somam 5 mil reais.

Já em fevereiro, a equipe de Cid encaminhou oito depósitos em dinheiro vivo para Michelle. Juntos, os pagamentos somam 7.700 reais. Um mês depois, Michelle recebeu mais oito depósitos, que também somam 7 mil reais.

Em abril o modus operandi persiste: há dois depósitos no valor de 1 mil reais cada e quatro depósitos de 2 mil reais e um de 500.

Outros quatro depósitos de 1 mil e um de 800 reais foram feitos na conta de Michelle Bolsonaro em 7 de junho de 2022. Poucos dias depois, Michelle recebeu mais seis depósitos no valor de 1 mil reais.

Os comprovantes de agosto mostram quatro depósitos de 1,5 mil reais e dois depósitos no valor de 1 mil. Por fim, em 11 de dezembro de 2022, ela recebeu o total de 7 mil reais divididos em quatro depósitos fracionados.

O modus operandi, vale lembrar, é utilizado habitualmente como uma forma de dificultar a identificação de movimentações suspeitas pelo Coaf. A medida, conforme reforça o site, é usada na tentativa de dissimular o valor total das transações.

Nenhum dos envolvidos quis comentar o assunto.

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