Política

CPMI deve votar convocação de Anderson Torres e general Augusto Heleno nesta terça

Votação dos requerimentos foi acordada em reunião com integrantes do grupo na segunda-feira; pelo acordo, Bolsonaro não estará na primeira leva de depoimentos previstos

Primeira reunião da CPMI do 8 de Janeiro no Senado Federal. Foto: Pedro França/Agência Senado
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Os dois primeiros convocados pela CPMI que apura os atos golpistas de 8 de Janeiro devem ser o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, e o general Augusto Heleno, que comandava o Gabinete de Segurança Institucional na gestão de Jair Bolsonaro (PL). Os nomes foram definidos em reunião entre integrantes da comissão realizada na noite desta segunda-feira 5. A informação é do Estadão.

Os dois requerimentos serão votados na reunião da CPMI desta terça-feira 6 em uma leva de 30 solicitações. Se os pedidos forem aprovados, os dois bolsonaristas serão os primeiros a serem ouvidos por parlamentares. A intenção é apurar os fatos anteriores ao 8 de Janeiro. O primeiro episódio em foco é o ataque em Brasília no dia 12 de dezembro, dia da diplomação do presidente Lula (PT) no Tribunal Superior Eleitoral.

A intenção de apurar os fatos anteriores ao 8 de Janeiro já havia sido sinalizada pela relatora da CPMI, Eliziane Gama (PSD-MA), durante a instalação da comissão. A ideia é traçar uma linha do tempo de fatos que culminaram na tentativa de golpe de estado na primeira semana do novo governo. O plano de trabalho também será votado no encontro desta terça.

Pelo plano de trabalho acordado, após o 12 de dezembro, serão investigados também os acampamentos de bolsonaristas instalados em frente aos quartéis do Exército pelo Brasil. O ajuntamento no Distrito Federal, de onde saíram os golpistas em 8 de Janeiro, é o alvo principal. Esta primeira leva de requerimentos também terá foco em solicitar informações oficiais de órgãos públicos.

Havia a expectativa de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fosse convocado a depor no colegiado nestas primeiras reuniões. O requerimento contra o ex-capitão, porém, não será votado nesta primeira leva. O acordo fechado prevê que ele se torne alvo apenas após a apuração dos primeiros atos. A intenção, dizem, é chamá-lo assim que os indícios que ligam o 8 de Janeiro a ele se mostrem mais contundentes. A suspeita é de que ele seja o mentor intelectual dos ataques.

Pelo montante de requerimentos protocolados – quase 800, é possível que a agenda de trabalho aprovada seja maior do que a prevista inicialmente. A ideia era de que um encontro fosse realizado por semana. Depois, o volume subiu para dois. Há, porém, a expectativa de que se amplie para três reuniões semanais da CPMI, uma vez que o volume de depoimentos tende a ser grande.

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