CPMI aprova quebra de sigilos de Zambelli, Delgatti e reconvoca Mauro Cid

A CPMI do 8 de Janeiro aprovou, nesta quinta-feira 24, a quebra de sigilos bancários da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e do hacker Walter Delgatti Neto, ao qual deve ser investigado também o conteúdo telefônico. 

Os dados devem ser usados para esclarecer suspeitas sobre pagamento de 40 mil reais da deputada ao hacker para invasão do sistema do Poder Judiciário e outras que envolvem tentativa de fraude nas urnas eletrônicas.

O irmão da deputada, Bruno Zambelli, também deve ter os dados do celular apurados, para compreensão do caso. 

Dos requerimentos aprovados pela CPMI, ainda deve ser reconvocado para depor o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que permaneceu calado na última convocação.   

Outro ex-assessor de Bolsonaro que também está na mira é Tércio Arnaud Tomaz, que terá a quebra do sigilo telefônico. Além dele, a quebra afeta o segundo-tenente e ex-ajudante Osmar Crivelatti, investigado na Polícia Federal, ele era responsável, por exemplo, por cuidar das jóias sauditas do ex-presidente. Crivelatti foi o primeiro praça a ocupar cargo no Exército, e pela sua influência tinha proximidade com a família Bolsonaro. 

Por fim, os requerimentos solicitam informações ao Exército sobre os processos instaurados para investigar militares que deveriam ter protegido o Palácio do Planalto no dia da invasão. 

A Comissão ouve nesta manhã, o sargento do Exército Luis Marcos dos Reis. Ele está preso desde maio e é investigado por movimentar 3,3 milhões de reais e repassar para Mauro Cid. Ele integrava a Ajudância de Ordens do ex-capitão.