O ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, decidiu manter em sigilo parte da ação que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível pelos próximos oito anos.
O magistrado cuida do processo relacionado à reunião de Bolsonaro com embaixadores no ano passado. Na ocasião, ele havia feito acusações, sem provas, contra a credibilidade do sistema eleitoral.
Gonçalves encerrou a coleta de provas em 31 de março. A ação deve ser julgada em maio.
A manutenção do sigilo contraria o pedido da defesa do ex-presidente para que as alegações finais dele fossem divulgadas. Os advogados argumentam que pode ter ocorrido vazamento ilegal das alegações finais da Procuradoria, que pediu a inelegibilidade do ex-capitão.
A peça do Ministério Público Eleitoral foi revelada pelo jornal O Globo.
Em sua decisão, desta quinta-feira 13, Gonçalves contrapôs a argumentação da defesa de Bolsonaro e considerou que, nesse caso, “não se altera o quadro que ensejou o requerimento e a determinação de sigilo”.
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