Política

Contarato: ‘O projeto fundamental é a eleição de Lula. Estou aqui para contribuir’

Em entrevista a CartaCapital, o senador petista analisou sua pré-candidatura ao governo do Espírito Santo e defendeu um programa ‘progressista com P maiúsculo’

Lula e Fabiano Contarato. Foto: Ricardo Stuckert
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O senador Fabiano Contarato, recém-filiado ao PT, afirmou em entrevista a CartaCapital no YouTube que, apesar de sua pré-candidatura ao governo do Espírito Santo, o principal objetivo é a eleição do ex-presidente Lula.

“O projeto fundamental é a eleição do presidente Lula. Eu estou aqui para contribuir com o partido, com o estado e com o País”, disse o parlamentar.

Sobre os seus planos para o governo capixaba, Contarato declarou que deverá apresentar um programa de governo “progressista com ‘P’ maiúsculo”, pensado para interagir com a população.

A manutenção da candidatura de Contarato, porém, depende dos acordos entre PT e PSB para formar uma federação. Se os partidos aderirem a essa nova modalidade de aliança, poderão indicar apenas um postulante ao cargo. O atual governador, Renato Casagrande, é do PSB.

Contarato criticou Casagrande por ter se reunido com o pré-candidato à Presidência da República Sérgio Moro (Podemos), adversário de Lula.

“O governador do Espírito Santo deveria ter sido muito mais respeitoso e entender que está tendo uma articulação nacional”, explicou o senador. A reunião incomodou a cúpula petista e gerou novo ponto de desgaste nas tratativas sobre a federação.

“Há um diálogo para uma junção entre PT e PSB, no sentido de acordo para a eleição do presidente Lula, e ele [Casagrande] faz esse gesto de receber o pré-candidato que foi reconhecido pelo STF como parcial. Eu acho que ele teve um comportamento não adequado”, acrescentou Contarato.

Após o encontro, Casagrande repercutiu no Twitter uma publicação do subsecretário estadual de Política sobre Drogas, Carlos Lopes, que dizia que o PT,  “quando esteve no poder, fez aliança até com satanás”. Segundo a presidenta petista, Gleisi Hoffmann, a postura do governador não inviabiliza a federação, mas torna o processo “mais azedo”.

Questionado sobre os rumos do relatório final da CPI da Covid, da qual participou com destaque, Contarato desaprovou a postura do procurador-geral da República, Augusto Aras, e alegou existirem provas contundentes sobre crimes cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro.

O senador do PT também estabeleceu uma comparação entre a indicação para a PGR e para outros cargos da procuradoria. Segundo ele, o atual critério de escolha do chefe do Ministério Público Federal viola o princípio da impessoalidade.

“Todos os outros cargos do Ministério Público são escolhidos por lista tríplice, a não ser o de procurador-geral da República. Ele é o único que possui legitimidade para deflagrar uma ação penal contra o presidente da República. Como achar razoável deixar o chefe do Executivo escolher aquela pessoa que será capaz de me processar?”, questionou Contarato.

Assista à íntegra da entrevista:

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