Política

CNBB critica a violência na eleição: ‘Até templos foram profanados, com sacerdotes desrespeitados’

Em mensagem pela paz, entidade católica mencionou ‘situações graves que revelam a ausência de senso crítico’ e ‘idolatria a pessoas’

Dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da CNBB. Foto: Reprodução
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O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, publicou uma mensagem em vídeo em que prega contra o ódio, a intolerância e a violência durante a eleição deste ano.

A gravação foi ao ar nesta sexta-feira 28, no canal da CNBB no YouTube.

“O Papa Francisco, em preces à Nossa Senhora Aparecida, rainha e padroeira do Brasil, pede à Maria Santíssima que nos livre do ódio, da intolerância e da violência”, declarou o bispo da CNBB. “Vamos dar um basta aos sentimentos que estão contaminando o processo eleitoral, dividindo famílias, rompendo amizades.”

Na sequência, Azevedo diz que “até templos foram profanados, com sacerdotes a serviço do altar desrespeitados”. Em seguida, reclamou de “idolatria” e reivindicou o “exercício da cidadania”.

“Situações graves que revelam a ausência de senso crítico, uma séria idolatria a pessoas, inviabilizando o adequado exercício da cidadania”, continuou o líder religioso. “O convite é para um exame de nossas atitudes.”

Azevedo também pediu “compromisso com o amor fraterno”, com a “não violência” e com o “incansável serviço aos pobres e excluídos”. Depois, voltou a pregar “a paz, a serenidade e a esperança”.

“Nossa reverência de discípulos não pode ser dedicada a este ou a aquele candidato, ao mercado ou ao dinheiro, mas a Jesus Cristo, o único mestre e príncipe da paz”, afirmou o bispo.

A CNBB já havia publicado manifestações de condenação à “manipulação religiosa” e à “exploração da fé” para a obtenção de votos no 2º turno.

Quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) informou que iria às festividades de Nossa Senhora de Aparecida, em 12 de outubro, a entidade disse reprovar ações de candidatos que usassem momentos religiosos para fazer campanha.

A Conferência também já se manifestou contra as tentativas de colocar o sistema eleitoral em xeque e alertou sobre a possibilidade de ruptura institucional, em meio a ataques de Bolsonaro ao voto eletrônico.

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