Política

Ciro acusa possível chapa Lula/Alckmin de querer ‘traficar minutos de televisão’

O pré-candidato do PDT também criticou o uso do termo ‘3ª via’ para se referir aos candidatos que se opõem a Lula e a Jair Bolsonaro

Ciro Gomes. Foto: Divulgação
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O pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, voltou a criticar nesta segunda-feira 31 o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo – e ex-tucano – Geraldo Alckmin, que articulam uma aliança para as eleições de outubro.

Alckmin tem em mãos dois convites de filiação, um do PSB e outro do Solidariedade. Independentemente da sigla escolhida, a tendência é de que ele assuma a condição de vice na chapa encabeçada por Lula. O petista lidera as pesquisas de intenção de voto para presidente.

Em entrevista à Rádio Grande FM, do Mato Grosso do Sul, Ciro disse haver uma alteração na postura de Lula após “empurrar para o País por 25 anos que o Satanás era representado pelo PSDB e pelo Alckmin”.

“Agora, sem que haja nenhuma mudança, resolve fazer um grande conchavo com aquele que ele induziu o País inteiro a entender que era o inimigo nº 1 do País. Esses conchavos são para traficar minutos de televisão, sufocar a oposição que se apresenta e pela reiteração da presença de poder”, alegou o pedetista.

Ciro Gomes ainda criticou o uso do termo “3ª via” para se referir aos candidatos que se opõem a Lula e a Jair Bolsonaro (PL).

“É uma expressão muito preguiçosa que a imprensa de São Paulo acabou impondo ao debate brasileiro. Eu não tenho nada a ver com Moro e Doria, é tudo viúva do Bolsonaro. É só pensar em onde eles estavam na eleição passada”, afirmou o presidenciável. Segundo ele, Moro é “um despreparado”.

“O Sergio Moro era juiz. Entrou nesse filme, nessa fotografia não é porque tem uma obra, porque conhece o País ou sabe onde fica Dourados. Ele não tem a menor ideia da geografia, da economia brasileira. É um despreparado, grosseiro. Eu não sei nem como é que passa no concurso de juiz.”

Ciro também disparou contra as escolhas de Moro após a decisão de largar a magistratura: “Vai ser ministro do outro [Bolsonaro] e trai o outro. E, agora, sai do governo e vai trabalhar aonde? Em um escritório de advocacia? Não. Vai trabalhar em uma firma multinacional americana que tem 78% do seu faturamento no Brasil tirados da administração da massa falida de empresas que o Sergio Moro quebrou”.

O pré-candidato do PDT se refere à passagem de Moro pela consultoria norte-americana Alvarez & Marsal, que obteve no mínimo 42,5 milhões de reais de companhias investigadas pela Lava Jato. Na última sexta-feira 28, Moro declarou que “não enriqueceu” ao trabalhar para a empresa, mas admitiu ter embolsado o equivalente a cerca de 3,7 milhões de reais em um ano, conforme cotação atualizada do dólar.

“Ele poderia trabalhar em 1 milhão de empresas, mas foi trabalhar justamente em uma empresa que ganha 50 milhões de reais de dinheiro público tirado das empresas que Sergio Moro quebrou”, acrescentou Ciro. “O povo brasileiro está vendo esse grande farsante que é o Sergio Moro.”

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