Política
Cidadania declara apoio a Lula no 2º turno contra Bolsonaro: ‘Sem condicionantes’
No 1º turno, o partido, que compõe uma federação com o PSDB, endossou a candidatura de Simone Tebet
O Cidadania, partido que compõe uma federação com o PSDB, confirmou nesta terça-feira 4 apoio a Lula (PT) no segundo turno da eleição presidencial, a ser disputado contra Jair Bolsonaro (PL) em 30 de outubro.
No primeiro turno, Cidadania e PSDB fizeram parte da chapa encabeçada por Simone Tebet (MDB) – os tucanos ocuparam a vice, com Mara Gabrilli (SP).
O Cidadania informou ter tomado a decisão “diante dos riscos de escalada autoritária de um segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro”.
“O desprezo de Bolsonaro às minorias, a condução desumana e incompetente da pandemia, que resultou em centenas de milhares de mortos, suas reiteradas tentativas de cercear órgãos de investigação, os ataques à imprensa e a jornalistas, nada disso merece mais quatro anos”, afirmou o presidente do partido, Roberto Freire. A CartaCapital, ele declarou que a legenda não impôs “condicionantes” para se aliar a Lula.
Nesta terça, a cúpula do PSDB também se reúne, a fim de deliberar sobre o caminho a ser seguido no segundo turno do pleito presidencial.
No primeiro turno, Lula obteve 48,4% dos votos válidos, ante 43,2% de Bolsonaro. Simone, com 4,1%, terminou na terceira posição, à frente de Ciro Gomes (PDT), que somou 3%.
Também nesta terça, Ciro confirmou que apoiará Lula no segundo turno. Pouco antes, o PDT, partido do ex-presidenciável, já havia comunicado seu endosso ao petista, após reunião da Executiva Nacional.
Leia a íntegra da nota do Cidadania:
O Cidadania decidiu, em reunião da Executiva Nacional, realizada nesta terça-feira (4), pelo apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, à Presidência da República diante dos riscos de escalada autoritária de um segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro.
O partido avalia que Bolsonaro representa valores contrários aos seus princípios democráticos e republicanos, ao respeito às diferenças e aos direitos humanos, à defesa da ciência e da vida.
O desprezo de Bolsonaro às minorias, a condução desumana e incompentente da pandemia, que resultou em centenas de milhares de mortos, suas reiteradas tentativas de cercear órgãos de investigação, os ataques à imprensa e a jornalistas, nada disso merece mais quatro anos.
O Cidadania jamais deixou de se posicionar, ainda que respeitando, como respeitará neste caso, posições individuais de seus militantes e dirigentes. E não seria agora, nesse grave momento da vida nacional, que o partido assumiria a condição de mero espectador da realidade.
É preciso derrotar Bolsonaro democraticamente.
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