Justiça
Brasil se divide sobre a necessidade de Lula indicar uma mulher para o STF, diz Datafolha
A ministra Rosa Weber, presidente da Corte, se aposenta no fim de setembro


Uma pesquisa realizada pelo Datafolha e divulgada nesta sexta-feira 15 mostra que os brasileiros estão divididos sobre a necessidade de uma mulher substituir a ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal. A magistrada se aposentará no fim de setembro.
Para 51%, é indiferente o sexo da pessoa a ser indicada pelo presidente Lula (PT). Para outros 47%, seria importante manter no cargo uma representante feminina.
A maior parcela dos “indiferentes” é composta por homens (53%). Já para as mulheres, há um empate em 49% das opiniões.
No geral, os segmentos mais associados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) são mais indiferentes à indicação. Essa visão também é mais presente entre a classe média que ganha de cinco a dez salários mínimos (57%) e no Sul (57%).
Entre os que votaram em Lula em 2022, 60% acreditam que a próxima vaga deve ser ocupada por uma mulher.
Diversas campanhas na internet pedem que o petista escolha uma mulher. O STF tem atualmente apenas duas ministras: Rosa Weber e Cármem Lúcia.
O Datafolha ouviu 2.016 pessoas, com mais de 16 anos, em 139 cidades, entre 12 e 13 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
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