Política

Bolsonaro usa o 7 de Setembro para atacar Lula, o Supremo e as pesquisas eleitorais

Em Brasília, o presidente discursou para apoiadores e disse que, se for reeleito, ‘traremos para dentro das quatro linhas todos aqueles que ousam ficar fora dela’

Foto: EVARISTO SA / AFP
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) usou a comemoração do Bicentenário da Independência, nesta quarta-feira 7, em Brasília, para atacar o ex-presidente Lula (PT), criticar o Supremo Tribunal Federal e desacreditar as pesquisas eleitorais que apontam para a sua derrota na eleição deste ano.

No evento, o ex-capitão não contou com a presença dos chefes dos demais Poderes, mas esteve ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, do empresário Luciano Hang e de parlamentares da base aliada.

“Sabemos que temos pela frente uma luta do bem contra o mal, o mal que perdurou por 14 anos em nosso País e que que agora deseja voltar à cena do crime”, discursou Bolsonaro. “Não voltarão. O povo está do nosso lado, está do lado do bem. O povo sabe o que quer. A vontade do povo se fará presente no próximo 2 de outubro”.

O presidente aproveitou a presença de apoiadores no evento na capital federal para pressionar ministros do STF que têm tomado decisões contrárias aos desejos do ex-capitão.

“Tenho pedido força para resistir e coragem para decidir. Podem ter certeza, é obrigação de todos jogarem dentro das quatro linhas da nossa Constituição”, acrescentou Bolsonaro. “Com uma reeleição, nós traremos para dentro dessas quatro linhas todos aqueles que ousam ficar fora dela”.

Em um discurso eleitoral, o presidente ainda buscou falar para a sua base de apoiadores ao retomar  o discurso contra pautas progressistas.

“Somos uma pátria majoritariamente cristã que não quer a liberação das drogas e não quer legalização do aborto”, disse Bolsonaro.” Que não admite a ideologia de gênero. Um país que defende a vida desde a sua concepção. Que respeita as crianças na sala de aula. Que respeita a propriedade privada e que combate a corrupção para valer. Isso não é virtude, é obrigação de qualquer chefe do Executivo”.

Mais cedo, antes do desfile na Esplanada dos Ministérios, Bolsonaro chegou a afirmar que “o que está em jogo é a nossa liberdade e o nosso futuro”. O presidente também voltou a insinuar sobre a possibilidade de um golpe, como ocorreu em outros momentos da história do País.

“Seguramente passamos por momentos difíceis, a história nos mostra. A história pode repetir. O bem vencendo o mal”, afirmou à TV Brasil antes do desfile. “Estamos aqui porque acreditamos no nosso povo e o nosso povo acredita em Deus. Tenho certeza que com perseverança, fazendo aquilo tudo que pudermos fazer e assim fará por nós o que for possível para nós.”

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