Política

7 de Setembro em Brasília tem presença de Hang e ausências de Lira, Pacheco e Fux

O presidente voltou a insinuar sobre a possibilidade de um golpe: ‘O que está em jogo é a nossa liberdade e o nosso futuro’

Foto: Reprodução
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) não contou com a companhia dos chefes do Senado, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal durante a comemoração do Bicentenário da Independência nesta quarta-feira 7 em Brasília.

No desfile, que ocorre na Esplanada dos Ministérios, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Arthur Lira (PL-AL) e Luiz Fux não compareceram ao evento que foi transformado em palanque eleitoral pelo ex-capitão.

Bolsonaro chegou a afirmar que “o que está em jogo é a nossa liberdade e o nosso futuro”. O presidente também voltou a insinuar sobre a possibilidade de um golpe, como ocorreu em outros momentos da história do País.

“Seguramente passamos por momentos difíceis, a história nos mostra. A história pode repetir. O bem vencendo o mal”, afirmou à TV Brasil antes do desfile. “Estamos aqui porque acreditamos no nosso povo e o nosso povo acredita em Deus. Tenho certeza que com perseverança, fazendo aquilo tudo que pudermos fazer e assim fará por nós o que for possível para nós.”

Bolsonaro, no entanto, esteve acompanhado do empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, que foi alvo de operação da Polícia Federal por suspostamente participar de um grupo de bolsonaristas que defendem um golpe em caso de vitória do ex-presidente Lula (PT) na eleição deste ano.

Na terça-feira 6, o ex-capitão confirmou o convite aos empresários investigados.

“Eu convidei os oito empresários para estarem comigo amanhã, aqui no 7 de Setembro”, afirmou o presidente em entrevista à rádio Jovem Pan. “Se não for possível, que vão no Rio de Janeiro. Convidei. São pessoas honradas. Duas têm contato comigo”.

Além de Hang, o desfile em Brasília conta com a presença do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.

Escoltado por um tanque, Bolsonaro chegou ao desfile no clássico Rolls Royce presidencial, com a faixa presidencial no peito, e acompanhado pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e vários filhos.

O presidente e sua esposa sorriram e cumprimentaram o público, enquanto avançavam pela Esplanada dos Ministérios.

Bolsonaro então desceu do veículo e continuou a pé, cumprimentando de perto milhares de pessoas que seguiam o desfile militar, ao qual se juntaram vários tratores pertencentes a apoiadores de Bolsonaro.

“Mito, mito!”, gritaram seus seguidores.

O desfile militar, cancelado em 2020 e 2021 devido à pandemia, ocorreu sob um esquema de segurança excecional.

Uma manifestação a favor de Bolsonaro começará mais tarde em Brasília, às 13h00.

À tarde, as atenções vão se voltar para o Rio de Janeiro e à praia de Copacabana.

Tradicionalmente, o desfile militar no Rio acontece a cerca de 15 km, na Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade.

Mas o chefe de Estado insistiu que este ano os soldados passassem pelo local onde costumam acontecer as manifestações bolsonaristas.

Não haverá carros blindados perto da praia, mas navios de guerra no oceano e aviões militares no céu, além de paraquedistas.

(Com informações da AFP)

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