Política
Bolsonaro transfere Secretaria de Cultura para pasta do Turismo
Mudanças na área de cultura ao longo da semana foram variadas
Foi publicado no Diário Oficial da União, nesta quinta-feira 07, a transferência da Secretaria Especial da Cultura da pasta de Cidadania para o Ministério do Turismo, chefiado por Marcelo Álvaro Antônio.
O ministro é um dos investigados por esquemas de candidaturas laranjas dentro do PSL, partido do presidente, no estado de Minas Gerais.
De acordo com a publicação, o Ministério do Turismo agora será responsável por administrar a Secretaria Especial de Cultura, o Conselho Nacional de Política Cultural, a Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, a Comissão do Fundo Nacional de Cultura e seis secretarias.
Sob o comando de Álvaro Antônio, estão as estratégias para a elaboração da Política Nacional de Cultura, a regulação de direitos autorais, projetos de acessibilidade cultural, desenvolvimento do setor de museus e até assistência ao Ministério da Agricultura para “garantir a preservação da identidade cultural” da população quilombola no que diz respeito à regulação das terras.
As mudanças na área de cultura foram amplas durante esta semana. Na quarta-feira , o então Secretário de Cultura Ricardo Braga foi exonerado do cargo após breves dois meses na frente da pasta – que teve o status de Ministério perdido desde o começo do governo de Bolsonaro.
Agora, Bolsonaro especula colocar o filho do pastor R.R. Soares, Marcos Soares, no cargo vazio. O presidente tem um encontro marcado com R.R. Soares nesta quinta-feira 7 para discutir a nomeação. O porta voz da presidência confirmou a informação, mas disse que outros nomes também estão sendo avaliados.
Na segunda-feira 04, o diretor da Funarte (Fundação Nacional das Artes), Miguel Proença, também foi retirado do cargo. Ele afirma que não se encontrou com o presidente nenhuma vez durante os oito meses de nomeação. No lugar dele, é cotado um dramaturgo que criticou a esquerda e Fernanda Montenegro nas redes sociais.
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