Política

Barroso quer que plenário do STF decida afastamento de senador flagrado com dinheiro na cueca

Chico Rodrigues foi alvo de operação sobre desvio de recursos públicos

Luiz Fux e Roberto Barroso
Foto: Carlos Moura/SCO/STF (14/08/2019) Ministros Luiz Fux e Roberto Barroso durante sessão plenária do STF. Foto: Carlos Moura/SCO/STF (14/08/2019)
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O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu nesta sexta-feira 16 ao presidente da Corte, ministro Luiz Fux, que o afastamento do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) seja julgado na próxima semana pelo plenário.

 

Nessa quinta-feira 15, em decisão individual, Barroso afastou o parlamentar do cargo por 90 dias para não atrapalhar as investigações da Polícia Federal (PF).

Barroso entende que sua decisão não exige ratificação pelo colegiado, mas prefere que o caso seja analisado definitivamente pelos demais ministros.

Na condição de presidente do STF, cabe ao ministro Luiz Fux pautar o processo para julgamento.

Na quarta-feira 14, Chico Rodrigues foi alvo da Operação Desvid-19, que investiga supostos desvios de aproximadamente R$ 20 milhões em recursos públicos provenientes de emendas parlamentares que seriam destinados à Secretaria de Saúde de Roraima para o combate à pandemia de Covid-19.

Rodrigues foi um dos alvos da ação e, durante as buscas e apreensões em Boa Vista, os agentes encontraram maços de dinheiro na roupa íntima do parlamentar.

De acordo com o ministro, o afastamento do cargo é necessário para evitar que o parlamentar use o cargo para dificultar as investigações.

“O afastamento de parlamentar do cargo é medida absolutamente excepcional, por representar restrição ao princípio democrático. No entanto, tal providência se justifica quando há graves indícios de que a posição de poder e prestígio de que desfruta o congressista é utilizada contra os interesses da própria sociedade que o elegeu. Não podemos enxergar essas ações como aceitáveis. Precisamos continuar no esforço de desnaturalização das coisas erradas no Brasil”, disse Barroso.

Ontem, em nota na qual pediu afastamento da vice-liderança do governo na Casa, o senador declarou que tudo será esclarecido e que não tem nada a ver com “qualquer ato ilícito de qualquer natureza”.

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