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Até a última gota

A mídia e o mercado transformam o sólido resultado financeiro da Petrobras em uma crise política

Queriam a cabeça de Prates. Lula não entregou – Imagem: Ricardo Stuckert/PR
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A decisão do governo Lula de suspender a distribuição de dividendos extraordinários de 2023 aos acionistas da Petrobras, no valor de 43 bilhões de ­reais, anunciada na quinta-feira 7, garante uma folga financeira para a empresa realizar os investimentos do plano de negócios, apontam economistas. Mais importante: a medida é um marco para uma eventual virada de rumo da empresa, que tem a chance de abandonar aos poucos a condição de caixa automático exclusivo de detentores de papéis e voltar a ser uma companhia produtiva, empenhada na concretização do interesse público.

A diretoria da Petrobras chegou a propor o pagamento de metade dos dividendos extraordinários e a destinação do restante para investimentos. Os representantes do governo no Conselho de ­Administração votaram contra a proposta, que acabou rejeitada. Foram pagos apenas os dividendos obrigatórios, no valor de 14 bilhões de reais. O presidente da companhia, Jean Paul Prates, divergiu da orientação do governo e se absteve na votação, decisão mal recebida no Palácio do Planalto. Chegou-se a especular no noticiário uma possível demissão de Prates, que tinha na agenda uma reunião de rotina com Lula na segunda-feira 11, encontro que, no fim das contas, serviu para colocar os pingos nos is.

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