Política
Redução de dividendos da Petrobras não afeta contas do governo, diz Haddad
‘Não estamos dependendo disso para performar’, afirmou o ministro
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira 11 que o não pagamento de dividendos extraordinários por parte da Petrobras não afeta o orçamento do governo, já que não previa o pagamento por parte da estatal.
“No Orçamento Geral da União, o que consta de receita são os lucros ordinários. A Fazenda não fez um orçamento contando com a distribuição de orçamentos extraordinários, não é prática da Fazenda fazer isso”, disse o ministro.
Apesar disso, segundo Haddad, uma eventual distribuição de dividendos extraordinários pela Petrobras melhoraria as contas do governo.
“Se eles vierem a ser distribuídos, melhoram as nossas condições. Mas não estamos dependendo disso para performar, por isso não fizemos constar, justamente para deixar o conselho da companhia com um grau de liberdade para julgar quanto e quando distribuir dividendos extraordinários”, afirmou.
As declarações são em meio a uma crise envolvendo a petrolífera. Na semana passada, a Petrobras anunciou o adiamento na distribuição de dividendos extraordinários aos acionista, o que levou a uma reação do chamado mercado financeiro.
Graças a uma mudança feita no ano passado, a companhia reduziu o percentual do fluxo de caixa livre que distribuía aos acionistas. Dos 60% que estavam vigentes desde 2011, o percentual caiu para 45%.
Assim, a estatal confirmou que distribuirá 14,2 bilhões de reais em dividendos para o último trimestre do ano passado. O montante é abaixo do que os investidores esperavam, o que fez a petroleira perder 55,3 bilhões de reais em valor de mercado na última sexta-feira.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.