Política

Após desistência de Arthur do Val, prefeitos do Podemos pressionam por apoio a vice de Doria

Deputados reforçam movimento por aliança com tucano; grupo ameaça deixar sigla se MBL indicar outro nome

Sergio Moro e Arthur do Val, no fim de 2021. Foto: Reprodução/Redes Sociais
Apoie Siga-nos no

Com o deputado Arthur do Val (Podemos) fora da disputa ao governo paulista, após o vazamento de áudios com declarações sexistas na última sexta-feira, o ex-ministro e pré-candidato do Podemos à Presidência Sergio Moro ficou sem palanque em São Paulo. Prefeitos e deputados da sigla fazem pressão pelo apoio ao vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) na disputa estadual.

Antes mesmo da retirada da candidatura, 20 dos 22 prefeitos paulistas do Podemos já haviam declarado voto em Garcia.

— Prefiro que o partido não lance candidato. Estamos em cima da hora, e uma candidatura ao governo é algo sério e relevante — disse o prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha.

Segundo ele, prefeitos, vereadores e deputados do partido podem ser o palanque de Moro no estado. A aliança com Garcia também é defendida pelos deputados estaduais Bruno Ganem e Ataide Teruel.

— Já existe um alinhamento natural (com o Garcia) — disse Ganem.

Recém-chegado à legenda, o MBL pensa diferente e articula a escolha de outro nome entre seus quadros.

— (Renata Abreu) diz que o nosso acordo de ter uma candidatura do MBL está mantido — declarou o deputado Kim Kataguiri, citando o vereador de São Paulo Rubinho Nunes e o ex-secretário de Turismo do Rio, Cristiano Beraldo.

Procurada, Renata disse que ainda irá discutir internamente a possibilidade de lançar uma chapa própria ao governo de São Paulo. Ela ressaltou que há “excelentes” nomes na sigla, como Igor Soares, prefeito de Itapevi, o general Santos Cruz, o prefeito de Osasco, Rogério Lins, e o vereador Rubinho Nunes. A própria Renata é citada por prefeitos e deputados como uma alternativa, mas ela não confirma.

A ideia do MBL é rechaçada pelos prefeitos, que ameaçam até deixar o Podemos se isso acontecer. Para eles, o movimento gerou mais crises do que contribuição desde a filiação, há um mês. Eles lembram também de declaração dada por Kim, sobre a Alemanha ter errado ao criminalizar o nazismo.

— Ter um palanque a qualquer custo, e ainda escolhido pelo MBL, sem dúvidas vai causar uma debandada no partido — disse Igor Soares, prefeito de Itapevi.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo