Política
Apesar de ‘salvo conduto’ de Toffoli, MPF quer retomar ação contra Tacla Duran
O ministro concedeu um habeas corpus preventivo para que o advogado retorne ao Brasil e participe de uma audência na Câmara


O Ministério Público Federal do Paraná voltou a pedir à Justiça Federal, na última quarta-feira 28, a retomada de uma ação penal contra o advogado Rodrigo Tacla Duran. A informação foi revelada pelo jornal O Globo.
A investida acontece mesmo após o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, conceder um habeas corpus preventivo para que Duran retorne ao Brasil e participe de uma audência na Câmara sobre abusos supostamente cometidos pela Lava Jato.
O advogado é alvo de ações penais na 13ª Vara Federal de Curitiba que investigam os crimes de lavagem de dinheiro, mas as apurações foram suspensas por determinação de Toffoli.
De acordo com o pedido apresentado pelo procurador Walter José Mathias Júnior, o MPF ainda solicita que Duran seja obrigado a comparecer presencialmente em juízo e que os autos do processo sejam encaminhados ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
No final de março, o advogado, que mora em Madrid, afirmou em depoimento ao juiz Eduardo Appio ter sido alvo de um “bullying processual” na Lava Jato. Ele também declarou ter sido vítima de uma suposta tentativa de extorsão e citou o ex-juiz e atual senador Sérgio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol.
A Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara aprovou, então, um convite apresentado pelo deputado Rogério Correia (PT-MG) a Tacla Duran, com a finalidade de esclarecer “denúncias de extorsão no âmbito da Lava Jato”.
Os deputados iriam ouvi-lo em 19 de junho, mas a sessão foi cancelada por “questões burocráticas” a envolverem a cooperação internacional com a Espanha.
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