Política

Tacla Duran avisa que falará à Câmara sobre ‘extorsão’ na Lava Jato

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, concedeu um habeas corpus preventivo ao advogado

O advogado Rodrigo Tacla Duran. Foto: Reprodução
Apoie Siga-nos no

O advogado Rodrigo Tacla Duran confirmou que participará de uma audiência na Câmara dos Deputados em 19 de junho, às 14h30.

Mais cedo, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, concedeu um habeas corpus preventivo para que o advogado participe da sessão.

No final de março, Duran, que mora em Madrid, afirmou em depoimento à 13ª Vara Federal de Curitiba ter sido alvo de um “bullying processual” na Lava Jato. Ele também declarou ter sido vítima de uma suposta tentativa de extorsão e citou o ex-juiz e atualmente senador Sergio Moro (União-PR) e o ex-procurador e deputado cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR).

A Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara aprovou, então, um convite a Tacla Duran, com a finalidade de esclarecer “denúncias de extorsão no âmbito da Lava Jato”. O advogado temia a possibilidade de ser preso ao desembarcar no Brasil, mas confirmou ao deputado Rogério Correia (PT-MG), integrante da comissão, que participará da sessão.

Restam, agora, alguns trâmites ligados à segurança de Tacla Duran, mas a tendência é de que sua participação ocorra de forma presencial.

Em 16 de março, o então titular da 13ª Vara, Eduardo Appio, revogou a ordem de prisão preventiva contra Duran decretada em 2016 por Moro. Na ocasião, o então juiz da Lava Jato anotou que “a presunção constitucional é de inocência e não o inverso” e mencionou a série de reportagens Vaza Jato, a revelar detalhes sobre a proximidade entre a força-tarefa do Ministério Público Federal e magistrados responsáveis pelo julgamento, além dos métodos empregados pelos procuradores de Curitiba.

Dias depois, porém, o desembargador Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, tomou uma decisão que, na avaliação de Appio, poderia levar Tacla Duran à prisão. A informação sobre a ordem de prisão chegou a ser confirmada pelo site oficial do TRF-4, que posteriormente apagou a nota.

“Concedo cautelarmente habeas corpus preventivo (salvo-conduto) ao requerente (…) apenas para que possa ingressar no país e prestar os devidos esclarecimentos ao Congresso Nacional, no dia 19 de junho de 2023, às 14h e 30min, sobre as denúncias por ele formuladas e retornar ao local de origem”, diz a decisão assinada por Dias Toffoli nesta terça.

Ele determinou a comunicação ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal “para que adotem as medidas necessárias a fim de garantir a segurança e o livre trânsito do requerente no ingresso, na permanência e na saída do país em razão do depoimento a ser prestado à Câmara dos Deputados”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo