Política

Anielle denuncia ameaças racistas e pede escolta policial após polêmica com assessora

Segundo a pasta, a ministra ‘vem sofrendo ameaças à sua vida e à sua integridade física e psicológica’

Brasília (DF) 18/09/2023 Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado realiza audiência pública para debater o tema Vidas Negras com Deficiência Importam. Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco; a secretaria nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Anna Paula Feminella. Foto Lula Marques/ Agência Brasil
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A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, pediu que o Ministério da Justiça reforce sua segurança com escolta policial e investigue a autoria de ameaças racistas recebidas por ela após um episódio envolvendo críticas de uma ex-assessora à torcida do São Paulo Futebol Clube.

A solicitação, obtida por CartaCapital, consta de um ofício enviado nesta quinta-feira 28 a Ricardo Cappelli, secretário-executivo da pasta.

O documento é assinado pela secretária-executiva da Igualdade Racial, Roberta Eugênio. Ela relata que Anielle “vem sofrendo ameaças à sua vida, à sua integridade física e psicológica, bem como vem sendo vítima de racismo”.

Os crimes teriam ocorrido entre 26 e 28 de setembro, por meio das redes sociais Instagram e X (ex-Twitter) e por e-mails. Um dos prints anexados à solicitação registra o xingamento de um internauta: “tomara q tenha o msm fim da irmã…aqui é são paulo”.

A irmã a que o texto faz referência é Marielle Franco, vereadora do PSOL executada a tiros no Rio de Janeiro, em 2018.

No ofício, o ministério pede a adoção de providências. “Por oportuno, e diante das evidentes ameaças que a Ministra da Igualdade Racial vem sofrendo, requer, ainda, reforço na sua segurança pessoal.”

O envio de mensagens racistas a Anielle se intensificou após as postagens de uma ex-assessora em uma rede social. Nas publicações, Marcelle Decothé se refere ao São Paulo como um time de “torcida branca”, “descendente de europeu safade” e “pior tudo de paulista”. Ela foi exonerada da pasta após a repercussão do caso.

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