Política
Alckmin representa Lula em feira do MST e defende a Reforma Agrária
O vice-presidente se disse ‘cauteloso’ sobre a CPI aberta contra o movimento e reforçou que o trabalho do Congresso não é ‘policialesco’

O vice-presidente Geraldo Alckmin participou neste sábado 13 da Feira Nacional da Reforma Agrária, promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. O pessebista cumprimentou simpatizantes e experimentou um sorvete natural em sua chegada ao evento.
Alckmin representa o presidente Lula (PT) na agenda, a contar ainda com a participação de outros integrantes do governo, a exemplo do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo.
Questionado sobre a CPI do MST, o vice-presidente afirmou que o trabalho do Legislativo não é “policialesco.” “Sou muito cauteloso com essa história da CPI”, ponderou. “Já existem muitos órgãos de fiscalização.”
Na Feira, Alckmin também se disse defensor da Reforma Agrária. “Na realidade, o governo do presidente Lula e todos nós defendemos”, acrescentou.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está no Japão, mas apareceu como “garoto-propaganda” de uma marca de fubá exposta na Feira e compartilhou o registro nas redes sociais.
Acompanhei, ainda que à distância, a abertura da 4ª Feira Nacional da Reforma Agrária (11 a 14 de maio, no parque Água Branca em SP).
São 500 toneladas de alimentos de 24 estados, produzidos pelas famílias Sem Terra nas cinco regiões do país. Tenho orgulho de ter participado da… pic.twitter.com/FTdUcMRxLM— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) May 13, 2023
No evento, Paulo Teixeira, ironizou a CPI criada para investigar o MST. “Vão encontrar coisas gravíssimas. Suco de uva feito sem trabalho escravo, arroz integral, milho, soja não transgênica”, afirmou Teixeira. “A CPI quer botar fogo nas relações. Se é para discutir paz no campo, não tem a ver com o MST.”
O ministro avalia como “superados” os focos de tensão entre o movimento e setores do governo durante ocupações promovidas em abril. “Ali, naquele momento, nós pedimos para que eles se retirassem das áreas da Embrapa e da Suzano. E eles se retiraram. Estabelecemos uma mesa de negociação em torno das áreas da Suzano.”
No início de maio, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, chegou a comparar ocupações de terras produtivas aos ataques golpistas de 8 de Janeiro.
Em abril, o governo confirmou a inclusão do MST no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Lula, conhecido como “Conselhão”.
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