A divergência no governo Lula sobre a postura de Tarcísio com os bolsonaristas golpistas

A Polícia Militar de SP desmontou o acampamento em frente ao Comando Militar do Sudeste sem prender ninguém em flagrante

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Foto: Mauro Pimentel/AFP

Apoie Siga-nos no

A postura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em relação aos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acampados em frente ao Comando Militar do Sudeste, na capital paulista, gerou divergências entre integrantes do governo Lula (PT).

A discordância está no não cumprimento da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que determinou a desocupação e dissolução dos acampamentos bolsonaristas e a prisão em flagrante de seus participantes.

Em Brasília, segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), mais de 1,5 mil pessoas foram presas em flagrante ou detidas em decorrência dos atos de terrorismo praticados na capital federal.

Já em São Paulo, a Polícia Militar desmontou o acampamento. Um fotojornalista chegou a ser agredido ao adentrar o ambiente para registrar a desmobilização.

O secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Muraro Derrite, afirmou que “as ações que aconteceram em Brasília não encontram similaridade em São Paulo”.

O tom adotado é o mesmo de Dino que, a CartaCapital, disse que “cada situação exije uma resposta jurídica diferente”, mas que não acompanhou diretamente a situação em SP.


Já o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), classificou como “erro” o não cumprimento na íntegra do despacho de Moraes.

Ambos participaram, na noite de segunda-feira 9, da reunião do presidente Lula (PT) com governadores e integrantes dos Poderes Judiciário e Legislativo. Na ocasião, Tarcísio, que é ex-ministro de Bolsonaro, declarou que  a democracia vai se tornar mais forte após os ataques terroristas.

“A democracia, que é um valor que tem que ser defendido, exaltado, e a reunião de hoje significa que a democracia vai se tornar, depois de ontem, mais forte”, afirmou. “Estou muito feliz de estar participando dessa reunião e enaltecer a capacidade de diálogo”.

 

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.