Política
Eduardo Bolsonaro defende prêmio Nobel para Trump: “Ele bate recorde de paz”
Parlamentar afirmou que o presidente dos EUA deve ser reconhecido pelos acordos de Israel, criticados pela Palestina
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu, nesta terça-feira 15, que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, seja vencedor do Nobel da Paz de 2021.
Para o parlamentar, o chefe da Casa Branca “merece” o prêmio por ocasião dos acordos de paz de Israel com os Emirados Árabes Unidos e com o Bahrein, países localizados na região do Golfo Pérsico.
“Enquanto a mídia mente que Donald Trump quer destruir o mundo, ele bate recorde de paz”, escreveu, no Twitter. Em seguida, afirmou que os acordos estão “normalizando” a relação dos três países. “Merece o Nobel da Paz”, finalizou.
🇦🇪🇧🇭🇮🇱🇺🇸Enquanto a mídia mente que @realDonaldTrump quer destruir o mundo, ele bate recorde de paz.
Em semanas, o Presidente foi responsável por dois acordos de paz: Israel-Emirados Árabes Unidos e Israel-Bahrein, normalizando a relação destes três países.
Merece o Nobel da Paz pic.twitter.com/COiJqYPax6
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) September 15, 2020
Trump foi indicado ao Nobel da Paz por um político norueguês, em 9 de setembro. No entanto, ter o nome proposto para a premiação não tem valor de endosso da parte do Instituto Norueguês do Nobel.
O acordo entre Israel e os Emirados Árabes foi firmado em agosto. Com a negociação, fica suspensa a anexação de novos territórios da Palestina.
O tratado com o Bahrein foi assinado nesta terça-feira 15 e também prevê a normalização das relações com Israel. Além disso, foi firmado um tratado trilateral chamado de “Acordos de Abraão”.
Palestina protesta
Desde o acordo assinado em agosto, a autoridade palestina Mahmoud Abbas já havia dito que a aliança representa uma “traição” às causas do território.
Após a aproximação com o Bahrein, Abbas voltou a criticar a parceria e afirmou que não haverá paz no Oriente Médio enquanto durar a “ocupação” israelense na Palestina.
“Não haverá paz, segurança ou estabilidade para ninguém na região sem o fim da ocupação e (sem) respeito pelos plenos direitos do povo palestino”, disse Abbas, em nota.
*Com informações da AFP.
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