Boulos: Todos os escândalos têm o DNA dos esquemas milicianos da família Bolsonaro

Não basta retirar o presidente, seus filhos e seus cúmplices do poder. É preciso que paguem por todos os males que fizeram ao País

Homenagem. As famosas bíblias do pastor Gilmar Santos estampavam fotos do “patrocinador“ Milton Ribeiro - Imagem: Redes sociais

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A denúncia de que um pastor ligado ao Ministro da Educação negociou a propina de 1 quilo de ouro em troca da liberação de verbas culminou nesta semana na queda do ministro Milton Ribeiro. Somadas as pastas da Saúde e Educação, Bolsonaro acumula a marca inédita de sete ministros e zero iniciativas nacionais relevantes para o ensino público e o Sistema Único de Saúde. Um feito histórico.

A Polícia Federal abriu inquérito para investigar favorecimentos na liberação de recursos do ministério. Até a PGR, controlada pelo amigo Augusto Aras, até hoje calado sobre as investigações da CPI da Covid, afirmou ter identificado indícios dos crimes de corrupção passiva, tráfico de influência, prevaricação e advocacia administrativa. Foi apontado que o tráfico de influência era comandado nos últimos dois anos pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, sem nenhum cargo oficial no MEC. Transformaram um hotel e um restaurante em gabinete paralelo para liberar verbas da Educação a prefeitos do Brasil inteiro em troca de propinas.

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2 comentários

PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 6 de abril de 2022 17h06
Guilherme Boulos expôs com maestria o curriculum ou folha corrida de Bolsonaro, filhos e comparsas e os fatos ocorridos, desde a sua eleição , além da e queda de Sérgio Moro. Até as eleições, muita coisa pode ainda surgir, e o país sangrar ainda mais, com mais desrespeito aos mais pobres, indígenas, mulheres, meio ambiente e o propinoduto do ministério da saúde, da educação e de outros ministérios mais que possam ajudar a enriquecer Bolsonaro, família e amigos. Contamos o tempo para a realização das eleições com muita aflição e pressa. Nunca um governo no país foi tão malquisto como este, desde o período da ditadura militar, mas naquela época o tempo passava muito devagar e não havia muita esperança, mas os 21 anos de agonia passaram. Agora, há poucos meses de nos livrarmos de Bolsonaro a angústia nos consome. O fato é que o pacote só estará completo com a posse de Lula, eleição do maior número de governadores, deputados e senadores progressistas e a condenação de Bolsonaro, seus filhos, Moro e todos os responsáveis por esses anos de crimes praticados contra o povo e o Estado brasileiro, só assim a justiça será feita.
JOSE CARLOS GAMA 1 de abril de 2022 22h20
Penso que a máquina nunca foi publica e sim privada, e nesse últimos quatro anos, se tornou privativa de uma família, que compartilha com o pelotão estrelado.

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