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Putin rompe o silêncio, elogia chefe da milícia Wagner e diz que investigará queda de avião

O presidente russo afirmou que Prigozhin ‘cometeu alguns erros graves’, mas exaltou seus ‘resultados’ na guerra da Ucrânia

Registro do presidente da Rússia, Vladimir Putin, em 24 de agosto de 2023. Foto: Mikhail Klimentyev/Pool/AFP
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, se manifestou nesta quinta-feira 24 sobre o líder da milícia Wagner, Yevgueni Prigozhin, um dos passageiros de um avião que caiu na quarta 23 durante o trajeto entre Moscou e São Petersburgo.

Putin prestou condolências aos familiares dos sete passageiros e três tripulantes da aeronave.

“Ele era um homem com um destino difícil. Ele cometeu alguns erros graves em sua vida”, disse o chefe do Kremlin sobre Prigozhin. “Ele alcançou os resultados necessários para si e para um esforço conjunto que lhe pedi nos últimos meses.”

Putin disse ainda que Prigozhin era um “talentoso homem de negócios” e prometeu uma investigação completa sobre o episódio de quarta-feira.

A queda do avião ocorreu exatos dois meses após Prigozhin liderar uma rápida rebelião contra a cúpula do Exército russo. Naquela sexta-feira 23 de junho, o líder do Wagner anunciou a ocupação do quartel-general em Rostov, um centro nevrálgico das operações na Ucrânia, e garantiu controlar várias instalações militares.

Inicialmente, Putin prometeu punir a “traição” de Prigozhin, cuja rebelião representava uma “ameaça mortal” e o risco de uma “guerra civil”.

“É uma punhalada pelas costas para o nosso país e o nosso povo”, afirmou Putin, em discurso à nação, em 24 de junho. Ainda naquele dia, contudo, a Rússia confirmou que o líder mercenário iria para Belarus, movimento que resultou de um acordo intermediado pelo presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.

Desde então, uma aura de mistério cercou o paradeiro de Prigozhin. Na última segunda-feira 21, ele apareceu em um vídeo aparentemente gravado na África. O Wagner mantém uma presença militar significativa no continente, onde estabeleceu alianças com diversos governos, incluindo os de Mali e República Centro-Africana.

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